terça-feira, 26 de março de 2013

Matemática


Pontos
A (3, 6)
B (-3, 9)
C (4,-5)

Distância
d = √(x2-x1)+(y2-y1)
dAB = √(-3-3)²+(9-6)² = √(36 + 9) = √45 = 6,7
dAC = √(4-3)²+(-5-6)² = √(1+121) = √122 = 11,04
dBC = √(4+3)²+(-5-9)² = √(49+196) = √245 = 15,6

Perímetro
P = dAB + dAC + dBC
P = 6,7 + 11,04 + 15,6 = 33,3

Determinante
| 3 -3  4 | 3 |                (27 + 15 + 24) – (-18 + 36 – 15)
| 6  9 -5 | 6 |                         66          -           3                  = 63

Área
A = ½.|D|
A = ½.|63| = 31,5un²

Ponto Médio (Medianas)
MA = (-3+4)/2 ; (9-5)/2) = (0,5;2)
MB = (3+4)/2 ; (6-5)/2 = (3,5;0,5)
MC = (3-3)/2 ; (6+9)/2 = (0; 7,5)

Baricentro = Ponto G(3-3+4)/3 ; (6+9-5)/3 = (1,3 ; 3,33)

Triângulo quanto ao lado:
Equilátero - 3 lados com a mesma medida
Escaleno - 3 lados de medidas diferentes
Isósceles - 2 lados com a mesma medida

Triângulo quanto ao ângulo:
Retângulo:
(
√25)² = (√15)² + (√10)² -> 25 = 25
Acutângulo: (√169)² = (√165)² + (√10)² = 169 é menor que 175
Obtusângulo: (
√169)² = (√21)² + (√125)² - 169 é maior do que 146

domingo, 24 de março de 2013

Filosofia – até pg. 17


Na Antiguidade, filósofos como Aristóteles afirmavam que a filosofia nasce do espanto, que nos leva a problematizar, questionar e investigar a realidade. Certas dúvidas levaram ao surgimento do que Aristóteles chamou de Filosofia Primeira, pois investida as causas primeiras de tudo o que existe. Mais tarde, foi chamada de Metafísica, envolvendo essencialmente duas perguntas: “O que é a realidade?” e “A realidade pode ser conhecida?”.
Ser e não ser
A observação da realidade revela muitas aparências, movimentos e transformações. É possível alguém reconhecer a sua própria essência e a das demais coisas, assim como perceber regularidades entre os seres e fenômenos. Essas duas afirmações, inicialmente estavam relacionadas à ordem natural, à origem e à constituição material das coisas. Mas depois se voltaram para questões metafísicas, ligadas à essência, às causas e finalidades daquilo que existe.
Os primeiros filósofos (pré-socráticos) refletiam sobre a realidade (Ser), o nada (Não ser) e as mudanças (devir – vir a ser). Muitos destes buscavam a arché, o princípio material responsável pela geração e corrupção dos seres e de suas qualidades. Conclusões:
Tales – Água
Anaximandro – Apeiron Ilimitado
Anancímedes – Ar
Pitágoras – Números
Empídodes – Fogo, ar, água e terra
Anancágoras – Opostos pequenos
Heráclito – Fogo (tudo flui)
Demócrito – Átomos
Estes seriam os princípios capazes de revelar uma unidade sob a multiplicidade e sob a oposição entre os elementos que compõem a realidade.

Parmênides – “O Ser é, o não ser não é”.
Seguiu outra rota para investigar a realidade. Mostrou sua crença em uma realidade imutável e una, o Ser. Este não foi gerado e nem corrompido. A existência do não ser seria contraditória, pois nada é o que não é, o que não existe. Ele encarava as mudanças como aparências, ilusões geradas pelos sentidos que conduzem o homem pela dóxa, falsa via de opinião. Para ele, o homem deveria seguir a alétheia, via da verdade, na qual o homem seria conduzido pelo pensamento, atingindo assim a realidade. Seus discípulos (eleatas – da cidade de Eleia) desenvolveram suas teses.  Parmênides e os eleatas foram chamados de “imobilistas” por defenderem a unidade e a imutabilidade do ser.
Zenão: é tido como o criador da dialética (método de reflexão que promovia um embate entre opiniões contrárias, a fim de demonstrar a verdade de uma delas, em detrimento da outra. Comparou o Ser à divindade e defendeu a verdade do imobilismo, demonstrando a impossibilidade racional do movimento por meio de argumentos, tais como o da corrida entre o veloz Aquiles e uma tartaruga.
Heráclito – “Tudo é devir, tudo flui”
Conhecido como filósofo do movimento ou mobilista, discordava da tese de um Ser imóvel e eterno. A realidade seria o devir constante e ordenado, a mudança de todas as coisas, que ocorre pela tensão entre os contrários que elas são ou carregam. Assim, a ilusão consistiria em acreditar na imutabilidade dos seres, se enganando ao acreditar, por exemplo, que um homem pode se banhar duas vezes no mesmo rio, já que ambos mudam continuamente. Elegeu o fogo como arché pois simboliza a metamorfose, o movimento. Também associou o fogo ao Lógos, uma razão universal, inteligência e lei fixa, responsável pela ordem presente no movimento e nas mudanças que caracterizam o devir – o pequeno cresce, o dia segue-se à noite, etc. O logos ordenaria o devir gerando uma “harmonia de contrários”, afirmando que a realidade se dava desse conflito. A unidade então não estaria nas coisas (Ser) e sim no Lógos, que o filósofo deveria perceber sob as mudanças. A unidade era o processo, o devir constante, mas os seres eram múltiplos, contrários e impermanentes.

Sócrates e Platão
Contribuíram para o surgimento da Metafísica, descrevendo a realidade para além dos limites materiais. Dividiram-na em dois níveis:
- Sensível ou das coisas: Aparente, conhecido pelos sentidos e instável (como o devir de Heráclito).
- Inteligível ou das idéias: Verdadeiro, conhecido pelo intelecto e estável (como o Ser de Parmênides).
 Acessíveis só ao intelecto, as idéias eram consideradas perfeitas, imutáveis, imateriais e eternas. As coisas são unas. Só há uma idéia de Mesa para todas as mesas ou uma única idéia de Justiça para todas as ações justas, mas, entre si, são múltiplas idéias, já que existem relacionadas a todos os seres e a todos os valores, incluindo o não ser. Assim, o “nada” passou a ser entendido como “diferença, alteridade”. Cada uma das idéias era ela mesma, e não era nenhuma das outras apesar de se ligar a elas.
 As idéias também ficaram conhecidas como formas ou essências por fazerem de cada coisa aquilo que ela era. Assim, nenhuma outra característica faria uma mesa ser aquilo que é, pois somente a idéia de Mesa poderia fazê-lo, por se tratar de um modelo perfeito copiado em todas as mesas, apesar das míseras diferenças entre cada uma. As idéias seriam os modelos, paradigmas para todos os elementos do mundo sensível.

Platão
Sob influência de antigas doutrinas como o orfismo e o pitagorismo, Platão acreditava que as almas eram imortais e renasciam no mundo da matéria enquanto necessitavam de purificação. Estas reconheciam a realidade inteligível à qual desejavam retornar e da qual se recordariam por meio da contemplação da realidade sensível. Assim, contemplando coisas belas e ações corajosas, as almas recordariam as idéias de Beleza e Coragem, caminhando para a idéia suprema, o Bem. Isso exigiria grandes esforços, se desprendendo dos prazeres físicos e às paixões descontroladas. O verdadeiro filósofo se destacaria pela busca do conhecimento e pela prática da virtude. Para Platão, a dialética seria o caminho a ser seguido pelo filósofo em busca da compreensão das essências. Seguindo do sensível para o inteligível, em rumo ao Bem. Atribuía o devir ao mundo sensível.

Aristóteles
Discordava de Platão, afirmando que a realidade é única, sendo as formas imanentes e não transcendentes às coisas – inseparáveis dos objetos e não exteriores a eles. A essência de uma mesa sensível estaria nela mesma, e não no mundo inteligível como idéia de Mesa. Assim, chamava a essência de substância, ousía. Esta não era uma idéia, e sim, um sínolo (composto de matéria e forma). Por isso, Aristóteles valorizava a sensação e a experiência como etapas do conhecimento da realidade. A experiência era um conhecimento rudimentar, pois se referia somente ao particular. A Techné, ou arte era mais universal por alcançar as causas dos seres e fenômenos..
 Aristóteles valorizava o papel da experiência, pois ele dividia os conhecimentos em alguns tipos aos quais ela seria necessária em diferentes graus:
-As ciências poiéticas ou produtivas (techné), hoje conhecidas como artes ou técnicas;
-As ciências práticas, ligadas à conduta individual e social (Ética, política, etc.);
-As ciências teoréticas, responsáveis pelo conhecimento racional (Matemática, Física e Metafísica)
A Física aristotélica observava e classificava os seres sensíveis por semelhanças ou diferenças. Aristóteles considerava a etapa intelectual – em que o pensamento buscaria a essência dos seres – como responsável pelo conhecimento mais verdadeiro e importante. Iniciou com a Metafísica, o estudo do “Ser enquanto Ser”, dividindo-o em seres físicos, matemáticos, humanos e o ser divino. Apesar da diferença entre os seres, ele buscou seus aspectos universais. Tratando da substância como sínolo, disse que toda matéria correspondia à potência, à capacidade de assumir diferentes formas, estas que correspondiam ao ato, à realização das diversas potencialidades materiais. Ex: Adulto é a atualização de potência de uma criança, a mesa atualiza o potencial da madeira. O Ser era a substância ou essência; o não ser era uma possibilidade não realizada: a potência; e o devir era a atualização de um potencial.
Aristóteles previa uma ciência para cada substância e a Metafísica para tratar da substância em geral. Dizia que tudo possuía quatro causas (o que, como são, por que e para quê existem):
-Causa material – Elemento que a constitui
-Causa formal – Forma que apresenta
-Causa eficiente – O que a gerou pelo movimento
-Causa final – Finalidade.
Para Aristóteles, Deus seria o primeiro motor imóvel, colocando as coisas em movimento sem se mover. Não era o criador.
Para a Metafísica Cristã, Deus é móvel e causa eficiente, se movendo e movendo a substância. Era o criador.
Dividia a essência/sínolo/substância em:
-Substância primeira: Os indivíduos
-Substância segunda: As espécies e os gêneros a que pertencem.
A espécie seria o conjunto de propriedades comuns entre alguns indivíduos. O gênero seria o conjunto de propriedades comuns entre algumas espécies. Ambos existiriam nos indivíduos como universais. Não poderia haver ciência conhecendo-se apenas indivíduos particulares, devendo-se recorrer aos gêneros e espécies universais, às causas e às categorias. Segundo ele, quatro causas agiriam na substância e nela é que a potência chegaria ao ato. A substância era um sujeito, sendo as outras seus predicados. As diferenças entre as substâncias poderiam ser classificadas sob as mesmas categorias. Exemplo:
-Substância: Sócrates (espécie: homem – gênero: animal)
-Qualidade (característica): Mortal
-Quantidade: Pequeno
-Relação: Menor que Platão
-Lugar: Esteve em Atenas
-Tempo: Viveu antes de Aristóteles
-Posição: Sentado
-Posse: Tem uma túnica
-Ação: Praticava a maiêutica
-Paixão (contraponto para a ação): Sofreu uma condenação
Os predicados da substância, representados pelas demais categorias poderiam ser variáveis de acordo com circunstâncias e causas. Para a substância primeira, eles poderiam ser acidentais. Para a substância segunda, seriam sempre essenciais.
Metafísica na Escolástica
Cristianismo na Filosofia: Abordagem medieval das relações entre e a razão. Surgimento da Metafísica cristã, com temas princ. Sobre Deus e a salvação da alma humana. Se desenvolveu em duas fases no pensamento medieval:
-Patrística: Séc. II ao VIII (Destaque obras Agostinho). Influência platônica.
-Escolástica: Séc. IX ao XV (Destaque obras Tomás que Aquino). Influência aristotélica.
Houveram 5 vias que Tomás de Aquino usou para provar racionalmente a existência de Deus e 4 recorriam à Metafísica aristotélica:
- O movimento do universo deveria ter uma causa
-Todas as coisas seriam causas ou efeitos
-O que era contingente (possível de existir ou deixar de existir) precisava de uma causa não contingente
-Se havia bondade, havia um “Bem em si” que lhe servia de parâmetro.
-A regularidade das coisas não era casual: Havia uma ordem universal a qual revelava uma finalidade.
Portanto, Deus seria o primeiro motor, a causa primeira, a perfeição e a causa final de tudo. A Escolástica investigou as relações entre realidade e linguagem, ocasionando uma disputa filosófica entre espécie e gênero: Querela dos Universais.
Querela dos Universais
Questões políticas limitaram o acesso a obras gregas. Os pensadores estudaram o pensamento aristotélico por meio de obras de dois autores: Porfírio e Boécio. Houve grande interesse pela Gramática e pela Dialética, termo pelo qual ficou conhecida a lógica aristotélica (estudo da estrutura dos raciocínios válidos). Vários pensadores se dedicaram a refletir sobre as relações entre o mundo das coisas (res) e o da linguagem (vocis). Isso gerou uma disputa em torno dos universais (gênero e espécie), com o objetivo de responder a questionamentos resumidos nessa pergunta: Os universais teriam existência própria ou seriam apenas nomes?
Algumas respostas:
-Nominalista: Só existiam coisas singulares. Os universais não passam de nomes.
-Realista: Universais existem como coisas. Os indivíduos de uma espécie eram uma só res, diferindo por acidentes.
-Conceitualista: Existiam os sínolos e os universais eram seus predicados.
-Tomista: Universais existiam antes das coisas (ante rem), como idéias no intelecto divino, nas coisas como essências e fora das coisas como conceitos no intelecto humano.
-Terminista: Universais eram conceitos, termos com realidade lógica (pensamento) e não com realidade ontológica (nas coisas).

terça-feira, 19 de março de 2013

Port. (até pg. 19) e Lit. (até pg. 25)


Português:
Linguagem verbal: Usa sinais gráficos, como as palavras e a pontuação para proporcionar trocas conversacionais.
Linguagem não verbal: Usa signos não verbais (cores, formas, ângulos, etc.) para promover a interação. (Se quiser, olhar linguagem corporal pg. 8 à 10)
Frase: Unidades linguísticas de sentido completo que tem como principal função a de estabelecer a comunicação.
Oração: Enunciado que se forma ao redor de um verbo.
Embora sejam enunciados usados na comunicação, a oração precisa se organizar em torno de um verbo.
Esses enunciados são unidades lingüísticas que comunicam algo a um interlocutor (períodos).
Tipos de período:
Simples – Uma só oração.
Composto – Duas ou mais. Existem dois tipos:
-Por coordenação: Orações são sintaticamente independentes
-Por subordinação: Orações são sintaticamente dependentes

Literatura
Terceira fase do modernismo no Brasil
O regime democrático e o desenvolvimento do Brasil
O término da Segunda Guerra Mundial desencadeou no fim de alguns regimes autoritários. No Brasil, a ditadura do Estado Novo foi encerrada em 1945 e substituída por um regime democrático. Mesmo derrotado, Vargas viu, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, a continuidade de seu projeto político desenvolvimentista. Dutra criou o plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia). Com a eleição de Juscelino Kubitschek e com a implementação do programa de metas, o Brasil vivenciou um surto desenvolvimentista. O programa contemplava: energia, transporte, alimentação, indústria de base, educação e a metassíntese (construção da nova capital, Brasília). Estabeleceu uma política que combinava o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover o desenvolvimento (industrialização). Com o deslocamento da Capital Federal, houve uma maior integração entre as diversas regiões do Brasil. Juscelino usava o slogan “50 anos de progresso em 5 anos de governo”.

A construção de Brasília:
Projeto foi símbolo do processo de modernização e industrialização no Brasil. Com o projeto elaborado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, sua inauguração ocorreu em 1960. Ela trouxe a consolidação de um discurso desenvolvimentista que iria caracterizar as metas e hábitos dos anos de 1950 e 1960. O projeto de uma Capital Federal construída do nada era muito arrojado. Houve a conquista do interior pelo urbano e moderno. Brasília é um patrimônio da humanidade.
Terceira Geração Modernista: Produção literária elaborada a partir da década de 1940. Esse era um momento em que a produção artística nacional estava em compasso com ideais desenvolvimentistas instauradas em nossa política. Exploração do que era nacional, peculiar, típico e inerente ao povo brasileiro. Concentração em questões humanas universais vivenciadas pelo homem do interior ou não. Para alguns literatos, as paisagens interioranas viraram motivos poéticos, surgindo questões filosóficas universais ou cosmopolitas (cosmopolita: pessoa que se julga cidadã de todos os países). Para eles, o interior do país passou a ser lido como uma parte do mundo e compreendido como um elemento que desbravava seu caminho para a modernidade. Nessa fase houveram autores focados nas profundezas psicológicas dos indivíduos, ocultas sob as dinâmicas impostas pela sociedade, em seus inocentes hábitos e práticas cotidianas.
O Sertão Universal: Poesia-prosa em João Cabral e Guimarães Rosa
Nas histórias, paisagens, belezas e dificuldades dos habitantes das regiões longíquas, apartadas das grandes cidades, está uma das principais matérias literárias de João Cabral de Melo Neto e de Guimarães Rosa. Sua literatura não somente descreve ou denuncia, mas atua sobre a natureza poética, filosófica dessa condição, sendo os problemas e reflexões feitos pelos personagens dignos de conotação universal. O regionalismo da literatura brasileira dos anos trinta é superado. Os temas universais passam a ser tratados sob uma perspectiva mais filosófica.
João Cabral de Melo Neto
Nasceu em Recife. Membro da ABL, foi poeta de ampla projeção e reconhecimento. Acumulou prêmios no Brasil e no exterior. Sua primeira infância foi marcada pela vivência e hábitos do interior, sendo plantadas nele a consciência da divisão social (trabalhador rural x senhores de engenho e políticos) – isso refletiu na sua literatura. Quando sua família voltou à Recife, ele se inseriu numa rotina mais urbana, passando a freqüentar posteriormente o Café Lafayette (ponto de encontro dos intelectuais em Recife). O núcleo temático aborda aspectos das culturas e paisagens que o artista tomou contato. Quando foi designado para trabalhar fora, entrou em contato com ambientes culturais e personalidades artísticas que o influenciaram.
Influências:
- Em contato com a poesia de Manuel Bandeira, Cabral deflagrou um processo de reflexão literária que marcaria sua poética definitivamente. O primeiro contato com a poesia moderna o fez capaz de pensar em novas questões para seu tempo e seu próprio fazer literário.
- Com Carlos Drummond de Andrade, aprendeu a valorizar o processo construtivo do poema, empregar o vocabulário banal, popular, na poesia e dar um tom de prosa à produção poética.
- Foi influenciado por Murilo Mendes a dar prevalência à imagem sobre a mensagem.
Antônio Gonçalves da Silva: Conhecido como Patativa do Assaré (Patativa: ave cujo canto é belo, assim como os poemas de Antônio). O poeta freqüentou a escola por somente 4 meses. Após ter comprado uma viola, começou a atuar também como compositor, cantor e improvisador. Suas composições incorporam sempre as rotinas e a linguagem do povo de sua região.
João Cabral de Melo Neto
Afastava o sentimentalismo de seus versos. Queria “purificar” a poesia, dando-lhe uma sintaxe e um vocabulário único e característico capaz de alçar o verso a uma condição de autonomia e plenitude como obra. Busca uma literatura extremamente racional e planejada. A imagem de pureza também se revela em temas como o sol, a luz e o deserto. Usa um rigor formal, mas não ao modo parnasiano. Sua preocupação é com a forma, imagem e som perfeitamente alinhados. Ele rompe com o conceito de que poesia é fruto de inspiração, criando uma poética racionalizada. A razão seria a base do fazer poético, passando a escrever poemas sobre o próprio orifício de escrever, caracterizando a metalinguagem.
Resumindo:
Aversão ao sentimentalismo, racionalidade (objetivo, lógica), valorização do conteúdo imagético, metalinguagem (metáfora, fala do autor com o leitor), preocupação formal e sintaxe rigorosa.
Metalinguagem: Reflexão sobre o fazer poético. Metalinguagem tão constante em sua obra como tema e preocupação que é uma característica marcante dela.
Artes Plásticas: Poesia dele cheia de referências à arte. As alusões à pintura aliam dois dos interesses do poeta: a arte pictórica em si e o gosto pela construção imagética.
Engenharia: Admirava o engenheiro. As idéias de racionalidade, cálculo, precisão, construções projetadas, claras, foram traduzidas para sua poética. Valorizava o predomínio da inteligência sobre o instinto.
Nordeste: Abordado com a mesma inventividade e racionalidade. As temáticas regionais são caras ao poeta, de forma que todos os aspectos nordestinos interessavam a Cabral, que via nessa terra e em seu povo a agudez cortante das lâminas, a pureza cáustica do mineral, do árido, do solar que como temas o encantaram.
Morte e Vida Severina: Auto de Natal Pernambucano (Ler na apostila e a análise crítica encontrada no Portal Positivo).

terça-feira, 12 de março de 2013

Química - pg. 5 à 30

Recomendo também o estudo do caderno. Aqui tem coisas extras, também considero esse resumo necessário. Bons estudos!
Primeira utilização dos compostos orgânicos e suas reações: descoberta do fogo.
Química Orgânica: Ramo da química que estuda a química do carbono.
Jöns Jacob Berzelius criou a Teoria do Vitalismo: Todos os compostos poderiam ser divididos em inorgânicos (rochas, metais) e orgânicos (produzidos por seres vivos). Somente seria possível extrair os compostos orgânicos a partir de seres vivos. Síntese de um composto orgânico só aconteceria com intervenção de uma “força vital”.
Friedrich Wohler: Derrubou teoria do Vitalismo, comprovando que a matéria orgânica podia ser produzida em laboratório. Aqueceu cianato de amônio (subs. Inorgânica) e observou a formação de cristais de uréia (subs. Orgânica encontrada na urina de mamíferos). Assim, provou que não existem diferenças entre compostos sintéticos e naturais e abrindo as portas para pesquisas e produção de muitas outras substâncias.
Kekulé: Definiu Química Orgânica como parte da Química dos compostos de carbono. Todo composto orgânico apresenta carbono em sua composição, mas nem todo composto que apresenta carbono é considerado orgânico. Ex: óxidos de carbono, carbonados, cianetos e carbetos (Se assemelham mais aos compostos inorgânicos).
Com mais pesquisas, novas tecnologias produzem menos rejeitos, mais rendimento com menor custo. A Química Orgânica é importante para áreas de saúde, para a Biotecnologia e Engenharia Genética (desenvolvimento de células, órgãos e até organismos).
Como é feito um remédio?
1.    Pesquisas para descobrir princípio ativo, agente capaz de combater determinada doença.
2.    Testes pré-clínicos em cobaias animais e in vitro.
3.    Testes em pessoas saudáveis e em portadores da doença.
4.    Linha de produção: Se separa e sintetiza o princípio ativo.
5.    Se faz o remédio comprimido (absorção no estômago/intestino), líquido (abs. nas mucosas da boca e durante o trajeto), em cápsula (abs. no intestino delgado) ou supositório (ação na região anal).
Características do Carbono
Presente em todas as moléculas dos compostos orgânicos, o carbono apresenta 4 elétrons na camada de valência: tetravalente. Pode se unir por ligações simples, duplas ou triplas. A geometria molecular depende das ligações entre os átomos.
Teoria de repulsão dos pares eletrônicos: Os pares de elétrons que ligam os átomos (pares ligantes) e os pares não ligantes (pares isolados) repelem-se mutuamente e orientam-se de forma a atingir o maior afastamento possível, uma posição mais afastada no espaço.
Três geometrias possíveis para os carbonos:
-Tetraédrica:
Quando os 4 ligantes ocupam o vértice de um tetraedro cujo centro é ocupado pelo carbono.
-Trigonal plana:
Quando os 3 ligantes ocupam o vértice de um triângulo.
-Linear:
Quando há apenas dois ligantes e o ângulo é de 180º.
Classificação do carbono: Átomo de carbono pode estar ligado a até 4 átomos de carbono, classificado de primário à quaternário de acordo com suas ligações.
Representação em forma de traços: Os átonos de carbono e de hidrogênio não aparecem. Os carbonos são os pontos de inflexão nas extremidades dos traços.
Classificação das cadeias carbônicas:
Cadeia aberta (extremidades livres):
a)
Quanto à disposição dos átomos de carbono:
NORMAL: 2 Extremidades livres
RAMIFICADA: Mais do que duas extremidades livres.

b) Quanto ao tipo de ligação entre os átomos:
SATURADA: Apenas ligações simples
INSATURADA: Há ligações duplas ou triplas.

c) Quanto à natureza dos átomos:
HOMOGÊNEA: Só átomos de carbono na cadeia.
HETEROGÊNEA: Entre os átomos de carbono existe um átomo diferente (heteroátomo)
Cadeia fechada/cíclica (Sem extremidades livres):
Divididas em: Cadeias aromáticas (com anel aromático) e Cadeias Acíclicas (Não são aromáticas).

Cadeias aromáticas (mais comum: anel benzênico):
a)
Podem ser:
MONONUCLEARES: Quando possuem só um grupo benzênico
POLINUCLEARES: Quando possuem mais de um grupo benzênico. Núcleos podem ser condensados se tiverem átomos de carbono em comum, ou isolados se não o possuírem.
Cadeias alicíclicas:
a)
Quanto ao tipo de ligação entre os átomos de carbono:
SATURADA: Possui apenas ligações simples
INSATURADA: Pelo menos uma ligação dupla/tripla
b) Quanto à natureza dos átomos:
HOMOCÍCLICA: Só átomos de carbono
HETEROCÍCLICA: Possui um heteroátomo entre os átomos de carbono.
c) É possível classificar as cadeias alicíclicas ramificadas em MISTAS, por apresentarem uma parte cíclica e outra alicíclica.
Petróleo: Bruto, é uma mistura complexa de hidrocarbonetos (compostos orgânicos formados por hidrogênio e carbono), que possui contaminações variadas de enxofre, nitrogênio e metais. Bruto, apresenta poucas aplicações. Se obtém seus derivados em refinarias por meio da destilação fracionada, separando a mistura por meio de seus pontos de ebulição. Se o ponto é maior, maior é o número de átomos na cadeia carbônica e são recolhidos na parte inferior. Se o ponto é menor, menor o número de átomos na cadeia carbônica e são recolhidos na parte superior.

Geografia - pg.5 à 23

Evolução geopolítica no século XX

O século XX foi marcado por transformações políticas e sociais que alteraram limites entre países, reconfigurando o espaço geográfico mundial. As fronteiras e limites são moldados conforme as relações políticas e econômicas entre países e por isso estão diretamente relacionados com os acontecimentos ao longo do tempo.

O mundo antes da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)

O século XX começou com as relações políticas e comerciais moldadas por nações imperialistas em processo de industrialização. Para a expansão industrial era preciso matérias-primas, energia e um mercado consumidor.
Nessa época, a Europa exercia supremacia econômica (controlava o mercado mundial) e política (grande parte dos países africanos e asiáticos eram colônias europeias).
O cenário mundial era instável, pois estes impérios estavam conduzindo as relações políticas e comerciais conforme queriam. Além disso, a partilha do continente africano e asiático favoreceu a Inglaterra e França, possuidoras de mercados consumidores potenciais que tinham colônicas ricas em matérias primas. O interesse por esses mercados acirrou a insegurança e a partilha, que não foi feita igualmente, deixou alguns países como Alemanha e Itália contrariados.
A Europa apresentava hegemonia externa, mas desigualdades internas. Na política, somente França, Suíça e Portugal eram repúblicas. Os demais, monarquias. Na Europa Ocidental, o processo de industrialização gerava confronto entre a burguesia e a classe operária. Na Europa Centro-Oriental, a nobreza comandava os países.
O desenvolvimento da Alemanha fez com que ficasse mais importante que a Inglaterra, fazendo com que os alemães precisassem de novas áreas para investir e vender sua produção. Assim, estavam em busca de conquistas territoriais mesmo que precisassem entrar em disputas.
O nacionalismo europeu estava exacerbado. Muitos países foram se militarizando para defender seus territórios. Surgiram movimentos nacionalistas:
-Pangermanismo: Buscava unir todos os povos germânicos em um Estado único;
-Pan-eslavismo: Buscava unir os povos eslavos sob o amparo russo;
-Revanchismo: Deflagrado pela França em relação à Alemanha, buscava recuperar a Alsácia-Lorena perdida para o Império alemão.
O aumento da tensão culminou na formação de dois blocos:
-Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e Itália
-Tríplice Entente: França, Rússia e Inglaterra.
A Primeira Guerra Mundial afetou países fora do continente europeu também, tanto por invasões, quando pelas epidemias e pela fome. Houveram mudanças nos limites territoriais pois os impérios alemão, russo, austrohúngaro e otomano foram divididos, originando novos países.
Antes do conflito, EUA e Japão disputavam com o continente europeu áreas de influência político-econômica, pois controlavam uma pequena parcela do mercado mundial. Os EUA receberam investimentos da Europa, e o Japão se desenvolveu muito com a Revolução Meiji, integrando o círculo de nações imperialistas na Ásia.
Durante o conflito, os EUA vendiam mercadorias para a Tríplice Entente. Em 1917 entraram oficialmente na guerra usando o pretexto do afundamento de um navio. A Rússia se retirou por causa da revolução socialista em seu território. Isso tudo desequilibrou o embate que terminou com a rendição alemã em 1918 e com o Tratado de Versalhes em 1919, que impunha condições severas para os países vencidos tais como:
-Perda de direitos comerciais;
-Perda do direito de explorar suas colônias;
-Dilapidação (estrago, dissipação) do patrimônio nacional.
Esse conflito alterou a economia mundial, extinguindo a hegemonia europeia e transformando o Japão e os EUA em potências mundiais, que contribuíram para a reconstrução na Europa. O Tratado de Versalhes defendeu a criação de uma organização internacional para assegurar a paz. Em 1920, em Genebra (Suíça), ocorreu a primeira reunião da Liga das Nações cujos objetivos foram a transparência nas relações internacionais, a abolição de barreiras econômicas e a redução dos armamentos. Os países vencidos e a União Soviética (por ser socialista) não podiam participar de tal liga. Junto com a Liga das Nações, foi fundada a Corte Permanente de Justiça Internacional, que buscava analisar as controvérsias jurídicas entre os países-membros.

O mundo entre as duas Grandes Guerras

No período de reconstrução surgiram vários regimes político-administrativos, tais como: repúblicas, monarquias, formulação do socialismo e regimes nazifascistas. A recuperação da Europa foi marcada por instabilidade política e econômica e, apesar de a paz estar declarada, as rivalidades entre os países europeus continuaram e, em alguns casos, aumentaram. A Rússia faltou a debates sobre paz e se voltou à estruturação de seu regime interno.
A economia planificada da Rússia a transformou em portência. Aos poucos, foi ampliando árias de influência no Leste Europeu e constituindo-se na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas: URSS. Isso aumentou o clima de instabilidade, pois havia a possibilidade de expansão do socialismo (ameaça ao mundo capitalista). Nos países em que a recuperação foi mais rápida, setores industrial e agropecuário receberam investimentos, fortalecendo o Estado no controle político-administrativo e contribuindo ao crescimento da cidade.
O mercado econômico mundial foi se ajustando com a tendência do Japão, EUA e da Rússia . O capitalismo e o o socialismo foram envolvendo os demais países.
Em 1940, Alemanha, Itália e Japão (Eixo) adotaram ações expansionistas. França, Inglaterra, EUA e URSS (Aliados) se uniram para enfrentar a situação. A URSS se uniu aos aliados por ser contra à Alemanha.
Isso culminou na Segunda Guerra Mundial, que envolveu interesses políticos e econômicos dos países europeus industrializados, expondo 3 disputas no campo ideológico: democracias liberais capitalistas, socialismo e autoritarismo nazifascista.
Pode ser dividido em 3 fases:
1939 - 1942 = Ofensiva do Eixo: Expansionismo alemão. Japão atacou colônias asiáticas administradas por Ingraterra, EUA, França e Holanda. Alemanha atacou países europeus como Dinamarca, Holanda, Noruega e França.
1942 - 1943 = Segunda fase: Tentativa alemã de invadir a URSS. Batalha de Stalingrado expôs a resistência russa. Contraofensiva dos Aliados.
1943 - Fim = Terceira fase: Alemanha perdeu territórios conquistados. Derrota ocorreu em duas etapas:
1. Oficiais militares alemães se entregaram incondicionalmente em 1945.
2. O Japão se rendeu devido ao uso de bombas atômicas.
A Conferência de Yalta foi um encontro que definiu acordos com o objetivo de assegurar o fim do conflito. Franklin Roosevelt (EUA), Josef Stalin (União Soviética) e Winston Churchill (Reino Unido) se reuniram em segredo para delinear acordos. As decisões tomadas influenciaram o fim da guerra e o período pós-guerra, traçando as diretrizes da Guerra Fria.
A Conferência de Potsdam teve o objetivo de debater e decidir a administração alemã, estabelecendo diretrizes para a ordem no período pós-guerra. Stalin, Winston Churchill, Clement Attlee (Reino Unido) e Harry Truman (EUA) participaram dessa conferência, que respaldou as decisões tomadas em Yalta. Entre elas, a divisão de Berlim e Viena em 4 zonas (Estadunidense, britânica, francesa e soviética), além de definir ações para a desmilitarização e democratização alemã. Antes do fim da conferência, os Aliados deram um ultimato ao Japão para que o fim da guerra fosse declarado. Como não foi aceito, Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas e o Japão se rendeu. Surgimento de novas relações entre os países.

O mundo após a Segunda Guerra Mundial

A derrota do Eixo e o enfraquecimento militar, político e econômico de antigas hegemonias europeias influenciaram a reorganização geo-política mundial. O Japão, ao término do conflito, sofria com a economia e as restrições político-militares. Os EUA se fortaleceram, se tornando a única potência capitalista. A URSS se desenvolve como potência político-econômico-militar socialista, por causa das diferenças entre os países capitalistas. A Revolução Russa possibilitou a reorganização do espaço geográfico e a expansão do território assim como a das zonas de influência. Países que implantaram o socialismo: China, Coreia, Mongólia, Cuba, Angola, Moçambique, Vietnã, Laos, Camboja e Nicarágua.

Mundo Bipolar
Mundo regido pelo embate ideológico entre os EUA e a URSS, período chamado de mundo bipolar, pois os países escolhiam entre um sistema e outro. De acordo com o alinhamento político-econômico-militar, eram classificados como:
-Primeiro Mundo: Países capitalistas desenvolvidos aliados ao EUA. (Canadá, nações da Europa Ocidental, Japão, Austrália, Coreia do Sul.
-Segundo Mundo: Países socialistas, com economias planificadas - URSS e nações socialistas (China, Albânia, Iugoslávia, Vietnã).
-Terceiro Mundo: Países subdesenvolvidos não aliados a nenhum dos dois. Muitos foram palcos de conflitos entre as duas superpotências.
A Europa estava dividida entre as duas duas superpotências: A porção ocidental sob comando dos EUA e a oriental, URSS. Como estas se equilibraram no poderio militar e havia equilíbrio economico, esse período ficou conhecido como Guerra Fria. O início da Guerra Fria ocorreu quando os EUA lançaram as bases da Doutrina Truman (geopolítico - contenção do socialismo) e do Plano Marshall (econômico) para a Europa, impedindo o expansionismo soviético. No começo, o Plano Mashall foi proposto à todos os países, mas a URSS não aderiu e foi expandindo a área de influência socialista aos países do Leste Europeu: Cortina de Ferro.
Em 1951 foi elaborado o Plano Colombo = Reestruturação social para os países asiáticos.
Comecon, Conselho para Assistência Econômica Mútua = Instituido pela URSS visando integrar economicamente os países do Leste Europeu com a Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Polônia, Bulgária, Hungria e Romênia.

Consequência da rendição alemã: divisão dos países com a criação da República Federal da Alemanha (RFA) ou Alemanha Ocidental. Sua capital era Bonn. A parte sob comando da URSS se transformou na República Democrática Alemã, ou Alemanha Oriental (RDA). Capiral era Berlim. Berlim foi dividida em 4 setores: o oriental, e o ocidental administrado pelos EUA, França e Reino Unido.

Corrida armamentista

A Guerra Fria é também chamada de paz armada. Para manter o potencial bélico, EUA e URSS investiam em projetos de pesquisas e em tecnologia para desenvolver novas armas. Enquanto o potencial bélico estivesse equilibrado, haveria "paz". Os dois países fabricaram armas convencionais, químicas e biológicas, também aperfeiçoando as bombas atômicas. Os EUA lançaram bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, tendo o Japão se rendido depois. A URSS produziu bombas atômicas em 1949. Cada um dos dois queriam mostrar mais poder bélico que o outro. Um dos setores desenvolvidos devido à corrida armamentista foi o espacial, sendo lançado o Sputnik e o mundo presenciando a chegada do homem à Lua. Apesar do investimento, a atuação dos dois era diferente. A URSS investia pesadamente no setor bélico e pouco nos demais, mantendo setores com técnicas tradicionais. Os EUA investiam em todos os setores, resultando em mais desenvolvimento e crescimento econômico.

OTAN e Pacto de Varsóvia

O bloqueio de Berlim influenciou a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN, cujo objetivo era defender os "aliados" capitalistas e conter a expansão da URSS. Sua base foi instalada na Bélgica garantindo influência dos EUA na Europa, além do controle do setor bélico desses países pelos EUA. A OTAN também defenderia seus países-membros podendo intervir e auxiliar em caso de conflitos com países não-membros. Quando a URSS fechou as rotas terrestres que permitiam o abastecimento no lado ocidental da cidade, a OTAN organizou uma ponte aérea para tal. Como resposta, a URSS criou o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar objetivando a defesa mútua dos países-membros (repúblicas que formavam a URSS).

Com o fim da URSS, o Pacto de Varsóvia foi extinto e a Rússia reformulou sua estrutura militar. A OTAN aceitou mais alguns países como membros, inclusive a Rússia por meio da assinatura do Conselho Rússia-OTAN, envolvendo o controle de armas, conflitos regionais e missões de paz. A Atuação da OTAN passou a ser mais intervencionista.

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Resumo do texto da revista:

Nazismo: Poder nas mãos de um único partido, ação violenta de grupos paramilitares, culto à personalidade do líder, supressão das liberdades individuais e controle absoluto da imprensa e economia.

Guiados por Hitler, seus seguidores transformaram o estado em uma máquina de matar, levando à morte mais de 70 milhões de pessoas – 6 milhões exterminadas nos campos de concentração.

Nazismo começou em 1933, quando Adolf Hitler se tornou primeiro-ministro, sendo levado ao poder por resultado de uma mistura de ressentimento, ódio racial, fanatismo, falta de informação e o sonho de glória nacional de uma população desmoralizada.

O ressentimento era disseminado. A Alemanha foi obrigada a se render em 1918. A economia caiu por terra e o povo sofreu com o desemprego, fome e pela hiperinflação. O ódio racial foi direcionado aos judeus. A falta de informação veio com a destruição da imprensa livre e o monopólio das comunicações pelo rádio.

Essas circunstâncias histórias não podem se repetir no mundo de hoje, mas o fascismo se infiltra em toda brecha deixada pelas instituições democráticas. Hoje, nenhum ditador pode adotar um projeto de expansão territorial. O custo é impagável. Mas o expediente de Hitler de usar a democracia para chegar ao poder e depois destruí-la continua sendo tentada nos dias de hoje.

O regime que viu a ascensão do nazismo foi moldado pela República de Weimar, onde uma assembléia se reuniu para criar uma democracia parlamentar. Homens e mulheres com mais de 20 anos ganharam o direito ao voto, as Forças Armadas foram subordinadas ao Poder Legislativo. Houve a proibição de demitir alguém por questões de gênero, religião ou política. Mas essa república ficou conhecida mesmo pelo Tratado de Versalhes. A Alemanha perdeu 13% de seu território, 70% da produção de ferro e ¼ das minas de carvão. Exigia-se o pagamento de muitos marcos alemães para reparação de guerra. Os radicais da esquerda e da direita culpavam o Parlamento pela escassez e hiperinflação. Hitler se projetou em meio à isso, prometendo aos empresários impedir a revolução comunista. Aos humilhados pelo Tratado de Versalhes, dizia que o país deveria expandir seu território e cancelar os pagamentos das reparações de guerra. Para os desiludidos, discursava contra os judeus capitalistas. Para os jovens, prometia empregos. Ele era filiado ao Partido Alemão dos Trabalhadores. O Putsch de Munique rendeu a Hitler a notoriedade nacional que procurava. Em um julgamento, foi acusado de simpatia pelo nazismo e condenado a 5 anos de prisão. Cumpridos 9 meses, que passou escrevendo Mein Kampf (Autobiografia que expunha ódio aos judeus e pregava a expansão territorial), saiu da cadeia. Nas campanhas eleitorais, o ódio racial foi abrandado. Muitos acreditavam que Hitler esqueceria o assunto no poder. Com um pouco mais de um terço dos votos, Hitler arrancou o cargo de chanceler de Paul Von Hindenburg. Se aproveitando de um incêndio, culpou os comunistas e Hindenburg lhe cedeu poderes ditatoriais para acabar com a “insurgência bolchevique”. Quando morreu, o velório de Paul foi a primeira demonstração pública do poder de Hitler.

Não se pode fazer parte do povo senão aquele que tem sangue alemão. Mediam-se a largura do nariz e o tamanho da cabeça para distinguir indivíduos. Surgiu a idéia de esterilizar cidadãos defeituosos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Física - pg. 6 à 13


Onda: Perturbação fornecida por uma fonte a um determinado meio transportando energia, mas não a matéria imersa nele.
Onda do mar: É capaz te transportar, enquanto as da Física só transportam matéria.
Pulso: Única perturbação em um meio.
Sucessão contínua de pulsos: Onda.

Classificação das Ondas:

Quanto à forma:
·       -Longitudinal: Quando a direção de sua propagação é a mesma que a da vibração dos pontos do meio.
·        -Transversal: Quando a direção de propagação é perpendicular à direção de vibração dos pontos e do meio.

Quanto à natureza:
·        -Onda mecânica: Se propaga apenas em meios materiais (não no vácuo). Exemplos: a que vibra pontos na superfície da água, do som, das ondas produzidas em uma corda, etc. O som é uma onda longitudinal e mecânica. Esse tipo de onda pode ser longitudinal ou transversal.

·        -Onda eletromagnética: Tipo de onda que se propaga em meios materiais (transparentes) e no vácuo. É o caso das micro-ondas, dos raios X, da luz, das ondas de rádio, dos raios gama, do ultravioleta e outros. A luz é uma onda transversal e eletromagnética. Esse tipo de onda só pode ser transversal.

Quanto à direção de propagação:-Unidimensional: Onda se propaga em uma única direção (cordas do violão)
-Bidimensional: Se propaga em duas dimensões, ou seja, em uma superfície. (ondas na superfície da água).
-Tridimensional: Onda se propaga no espaço, em todas as direções (ondas sonoras).

Elementos das Ondas:

Crista: Qualquer ponto da onda acima da sua linha central e cujo afastamento seja máximo em relação à tal linha.
Vale: Qualquer ponto da onda abaixo da sua linha central e cujo afastamento seja máximo em relação à tal linha.
Amplitude (A): Máxima distância de um ponto da onda até sua linha central. A distância de uma crista ou de um vale até a linha central da onda.
Comprimento de onda (
λ): Distância entre duas cristas ou dois vales consecutivos.

Características das ondas:
Período (T):
Intervalo de tempo necessário para que o comprimento de onda seja percorrido; Intervalo de tempo que uma onda precisa para completar uma oscilação.
Frequência (f): Número de vezes que certo fenômeno se repete.
Velocidade: Pode ser perpendicular (transversal) ou paralela (longitudinal). A velocidade depende do meio que a onda se propaga. Frequência de uma onda e seu comprimento são grandezas inversamente proporcionais.

De conteúdo é isso.. Só precisa estudar o caderno e fórmulas fora isso :D Bons estudos!

sábado, 9 de março de 2013

Biologia - pg. 6 à 15

A Diversidade dos Vírus

-Vírus significa "veneno" em latim.
-Até 1880, os cientistas sabiam que existiam dois tipos de agentes infecciosos no organismo humano. Um deles eram as bactérias, micro-organismos com grande capacidade de multiplicação. O outro agente era conhecido como "veneno químico" porque não conseguiam visualizá-lo e apenas sabiam que se multiplicava.
- Quando os bacteriófagos ("comedores de bactérias") foram descobertos, a estrutura dos vírus começou a ser compreendida, mas foi somente mais detalhada após a descoberta da microscopia eletrônica. Por serem muito pequenos, não podem ser vistos ao microscópio de luz.
-Formados por: 1 capsídeo (cápsula proteica) e 1 ácido nucleico que forma o genoma viral. O capsídeo e o ácido nucleico formam o nucleocapsídeo
-Existem os vírus com o genoma constituído de DNA ou RNA. Também já foram encontrados com ambos.
-Alguns vírus são formados apenas pelo nucleocapsídeo (vírus do mosaico do tabaco).
-Outros são envolvidos por lipídios, carboidratos e proteínas formando um envoltório (envelope) parecido com a membrana celular da célula parasitada. Este possibilita a identificação das células que o vírus pode parasitar, facilitando a interação com a membrana celular para que ocorra a penetração do genoma viral.

Replicação Viral
- Reprodução viral = Replicação (não há aumento do volume do vírus para se dividir depois_
- Para formar novos vírus, ocorre a replicação do ácido nucleico viral e a síntese das proteínas que formam o capsídeo.
-Vírus se hospedam em células vivas pois, como não tem estrutura celular, usam os ribossomos e as enzimas das células parasitadas para formar novas proteínas que produzem cópias virais.
-Fora das células, estes se parecem com pequenos cristais (vírions), podendo permanecer assim até encontrarem uma célula.

Passo a passo:
1. Vírion adere à superfície da célula hospedeira;
2. Injeta o ácido nucleico no interior da célula enquanto o capsídeo continua fora. 
3. Se o vírus penetrar completamente na célula, ocorre o desenvelopamento. Assim, o ácido nucleico pode ser liberado do capsídeo.

Vírus "Fago T" (bacteriófago)
-Parasita da bactéria intestinal Escherichia coli
-Tem uma cápsula proteica com duas regiões: cabeça (delimita o DNA viral) e cauda (com fibras proteicas nas extremidades.
- Pode fazer dois ciclos de replicação:

Ciclo lítico:
- Ao entrar em contato com a bactéria, o víron se adere à parede celular bacteriana por meio de proteínas existentes nas fibras de sua cauda (sem essa aderência, os vírus não infectam células hospedeiras);
-Após a ativação das enzimas da cauda, a parede da célula bacteriana é perfurada e o DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma
- Dentro, o DNA do bacteriófago é transcrito em RNA (mensageiro) e traduzido em proteínas virais (ocorre porque as enzimas de transcrição e tradução da bactéria não distinguem os genes invasores de seus próprios).
-As primeiras proteínas virais formadas induzem a replicação do DNA viral, interrompendo a atividade metabólica bacteriana.
-As proteínas virais constituintes das cabeças e caudas são montadas, formando vírions completos
-Após 30 minutos, há o surgimento de muitas partículas virais. Assim, são produzidas enzimas que iniciam a destruição/lise da parede bacteriana, assim liberando centenas de vírions.

Ciclo Lisogênico
- Ocorre com vírus causadores do herpes, AIDS e hepatite C, que podem permanecer no hospedeiro inativos, até sofrerem uma diminuição na imunidade ou mutações por agentes químicos e físicos.

- Ao entrar em contato com a bactéria, o víron se adere à parede celular bacteriana por meio de proteínas existentes nas fibras de sua cauda (sem essa aderência, os vírus não infectam células hospedeiras);
-Após a ativação das enzimas da cauda, a parede da célula bacteriana é perfurada e o DNA do bacteriófago é injetado no citoplasma;
-Dentro, o DNA viral se incorpora ao cromossomo bacteriano sem interromper a atividade bacteriana. -Quando a bactéria se reproduz (assexuadamente), ocorre a formação de novas células que apresentam o DNA viral incorporado e inativo.
-Esse DNA invasor pode se manifestar, se separando do cromossomo e iniciando o ciclo lítico

Doenças Virais
A transmissão viral pode ocorrer pelo ar, contato direto (saliva, muco ou sangue) e indireto (utensílios, água, alimentos, insetos ou animais). Cada virose apresenta sintomas característicos e muitos destes possuem grande virulência (capacidade que ele tem de invadir tecidos do hospedeiro ou causar sua morte). Existem vacinas contra viroses, que servem como prevenção estimulando o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra alguns tipos de vírus. Deve-se lembrar que os antibióticos não combatem os vírus, alguns só tratando os sintomas.

Virose
Contágio
Características
Varicela (Catapora)
Contato direto e objetos contaminados
Febre, náusea, falta de apetite e manchas avermelhadas
Dengue
Picada de mosquito
Febre, náusea, cefaleia (dor de cabeça), vômito, dores musculares e hemorragias em casos graves.
Febre Amarela
Picada de mosquito
Febre, cefaléia, vômitos, erupções na pele, náuseas e hemorragias em órgãos.
Gripe (Influenza)
Saliva
Febre alta, disfunções respiratórias, dores no corpo, cefaléia, vômito
Caxumba
(parotidite)
Contato direto
Dor de cabeça, calafrios, falta de apetite, febre, inchaço das glândulas salivares parótidas.
Sarampo
Gotículas de saliva
Febre, tosse seca, conjuntivite, erupções na pele.
Raiva
(hidrofobia)
Mordida de animais infectados
Afeta o sistema nervoso periférico e pode atingir o sistema nervoso central
Rubéola
Saliva ou via congênita (quando nasce e pega da mãe)
Manchas avermelhadas, febre, mal-estar, dor muscular e articular, conjuntivite. Pode provocar má formação fetal (via congênita)
Poliomielite
Objetos contaminados por fezes
Paralisia e atrofia da musculatura das pernas e braços.
Condiloma acuminado (verrugas genitais)
DST. Contaminação também pode ocorrer por objetos infectados.
Formação de verrugas nas regiões genital e anal. Causa câncer de colo uterino
Hepatite A
Contato direto e por objetos/água
Afeta o fígado, provocando mal-estar, fraqueza, náusea, dores abdominais, urina escura, pele amarelada.
Rotavirose
Via fecal-oral, secreções respiratórias,
Alimentos  e água
Vômito, diarréias, desidratação, febre alta e dores abdominais.
Herpes I e II
Contato direto
Tipo I: Pequenas bolhas que formam feridas nas peles e lábios
Tipo II: DST que causa feridas na região genital e anal.

-Gripe "A": A Influenza Pandêmica é uma patologia causada por uma variedade do vírus influenza responsável pela gripe comum. A forma de contágio principal é a por meio de secreções infectadas.
-Deve-se lembras que os vírus são parasitas intracelulares que se abrigam e realizam a replicação e, dentro das células, estes vírus sofrem modificações que determinam a sua evolução simultaneamente à humana.
- Os vírus, sendo intracelulares, controlam a célula com seu material genético, podendo fazer com que sofra mutações. Por isso, o HPV e muitos outros vírus podem causar câncer.

AIDS: a deficiência da imunidade
-Também conhecida como SIDA (Síndrome da imunodeficiência adquirida), é provocada por dois tipos de vírus HIV: HIV I e HIV II. Esses tem vários subtipos mutantes e por isso é difícil criar uma vacina eficiente.
-Contágio: Pelo fato de o vírus HIV se encontrar no sangue, no sêmen, no fluido vaginal e na linfa, sua transmissão pode ocorrer durante as relações sexuais, no uso de seringa ou material cirúrgico contaminados e nas transfusões sanguíneas contaminadas. Quando a mãe é portadora, o vírus pode ser passado na fase intrauterina ou durante a amamentação.
-Para saber se um indivíduo é soropositivo, se faz um exame anti-HIV, detectando a presença de anticorpos no sangue. Deve-se destacar que a produção de anticorpos para a detecção pode demorar aprox. 30 dias. Há casos que ocorrem após 3 meses. Esse período é chamado de janela imunológica e, por isso, a pessoa suspeita não pode realizar a transfusão sanguínea.

Ciclo do HIV
-Infectando a célula hospedeira (T4/CD4), o envelope se liga à membrana celular possibilitando a entrada do capsídeo viral no interior da célula parasitada.
-Dentro do citoplasma, o RNA viral é liberado com suas enzimas: Transcriptase reversa e integrase.
-Transcriptase Reversa - transformação do RNA viral em DNA viral no citoplasma; esse DNA passa ao núcleo e, com a ajuda da integrase, se liga ao cromossomo do linfócito T4/CD4. Integrado ao genoma da célula hospedeira, os genes do HIV passam a comandar o processo de síntese proteica e de formação de novas moléculas de RNA.
-Assim, uma nova proteína viral é sintetizada: protease viral. Esta tem a função de unir as proteínas do capsídeo viral que estão sendo produzidas. Estas novas proteínas envolvem o novo material genético formando novos vírus.
-À medida que são liberados, são envolvidos por um pedaço de membrana da célula hospedeira que forma seus envelopes.

Complicações
-Após a transmissão, o vírus HIV parasita principalmente o linfócito T4 (CD4). Essas células produzem substâncias chamadas interleucinas, que estimulam os linfócitos B a se transformarem em plasmócitos, células que inicial a produção de anticorpos. Como os vírus são replicados dentro dos linfócitos T4, todo o processo de imunização é interrompido.
-Com a diminuição na produção de anticorpos, o sistema imunológico torna-se deficiente, assim possibilitando o surgimento de doenças oportunistas.
-Por causa das mutações virais, existe uma grande dificuldade na produção de vacinas contra este vírus. Ao ser vacinado, o organismo produz anticorpos contra aquele determinado subtipo viral. Com as constantes mutações do vírus HIV, os anticorpos não respondem adequadamente reduzindo a defesa imunitária.

Tratamento:
-Não existe cura.
-Feito com base em substâncias inibidoras das enzimas que permitem a replicação viral.
-Entre estes, existem medicamentos que impedem que a enzima transcriptase reversa copie moléculas de DNA a partir de moléculas de RNA
-Outros são inibidores de protease (enzima que possibilita o amadurecimento do HIV no fim do ciclo).

Teste fisiológico: Estudo de tecidos

Aqui encontrei algumas atividades sobre os vírus.. Caso estejam interessados! Bons estudoooss..
http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/virus.asp
http://www.professor.bio.br/provas_topicos.asp?topico=V%EDrus
http://www.infoescola.com/biologia/os-virus/exercicios/
http://exercicios.brasilescola.com/biologia/exercicios-sobre-virus.htm
http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/virus.pdf