Pode até não ser um resumo, mas eu disponibilizo aqui os meus trabalhos de história reunidos nessa postagem. Espero que ajude... Bons estudos!!
A Era Vargas
As Eleições de 1930 e o
Processo Revolucionário
Antes,
São Paulo e Minas Gerais mantinham o predomínio político por meio da Política
do Café com Leite ou, de acordo com o professor, Política do “Café com Café”,
já que os dois estados produziam tal. Em 1930, foi o último mandato do
presidente Washington Luís. Na nova eleição, o Partido Republicano Paulista
e o presidente apoiaram a candidatura de Júlio Prestes e não um mineiro,
conforme o acordo estabelecido pela Política do Café com Leite. Isso gerou
divergências e houve a formação da Aliança Liberal, na qual políticos de
oligarquias contrárias e jovens oficiais descontentes com a República
Oligárquica se uniram e lançaram Getúlio Vargas como candidato à presidência. Júlio
Prestes venceu, e a Aliança Liberal alegou fraude na eleição. João Pessoa,
candidato à vice pelo partido de Getúlio, foi assassinado e isso causou um
agravamento da situação. Posterior a isso, a Aliança Liberal comandou uma
movimentação armada para depor Washington Luís, obtendo sucesso em 1930, na
conhecida “Revolução” de 30 (esta foi mais um golpe do que uma revolução). Isso
gerou o fim da República do Café com Leite.
As Fases do Governo de
Vargas
Vargas
era conhecido como pai dos pobres e mãe dos ricos. Iniciou no poder por meio de
um governo “provisório”. Seu governo se divide em 3 períodos: Governo
Provisório (30 até 34), Governo Constitucional (34 até 37) e o Estado Novo (37
até 45).
Governo
Provisório
A
brevidade desse governo foi usada para a entrada no poder. A quebra da Bolsa de
Valores de 1929 causou uma recessão mundial, e o café passou a ser vendido com
o preço muito baixo. Antes da crise, 73% das safras eram compradas pelos Estados Unidos. Houve, então, a criação do Conselho
Nacional do Café, que se responsabilizou pela compra de toda a produção
excedente e queima para aumentar o preço da saca. Nessa época, houve o estímulo
a policultura e a industrialização. O congresso foi fechado, assim como parlamentos
e assembléias estaduais, governantes estaduais foram retirados, sendo outros
indicados para tal posto. Por pressão operária e, para deixá-los sob controle
assim com os sindicatos, houve a criação do Ministério do Trabalho. Em 1932,
Vargas ainda não havia cumprido ainda a promessa de convocar eleições para a
Assembleia Nacional Constituinte, causando Revolução Constitucionalista. Houve
divulgação por meio da imprensa, atraindo até a população para lutar contra o
Governo Provisório, na busca de mais autonomia. Foi criada, então, a
Constituição de 1934.
Constituição
de 1934
Essa constituição estabeleceu:
Ø Direito ao voto feminino;
Ø Estabelecimento da jornada de 8 horas
de trabalho, direito ao salário mínimo, férias remuneradas;
Ø Criação da Justiça do Trabalho;
Ø Instituição do pluralismo sindical;
Ø Instituição da nacionalização das
reservas de minas e jazidas minerais, das quedas-d’água, das empresas de
seguros e dos bancos de depósito.
Ø Oficialização do casamento religioso
(para ser correto diante das leis de Deus e do Estado).
Governo
Constitucional
Reeleito
indiretamente pelo congresso, Getúlio Vargas fixou as leis trabalhistas. Haviam
duas tendências políticas predominantes, que disputavam entre si: Ação
Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL). Houve a
criação do programa Voz do Brasil, que se constitui em um direito para o povo,
e a criação da Lei de Segurança Nacional (para o controle dos subversivos).
AIB
Movimento
político de extrema direita, com inspiração fascista, com Plínio Salgado como
líder principal. Caracterizado pelo forte nacionalismo, antiliberalismo e
anticomunismo. Defendia o fortalecimento do poder do Estado e uma sociedade
hierarquizada. Seu símbolo era: å e
significava a soma de todas as partes. Usavam a expressão Anauê!, que significa “Você é meu irmão” em tupi. A Ação
Integralista Brasileira apoiou Getúlio e buscava cargos no governo. Não
almejados, começaram a se opor.
ANL
Movimento
político ligado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) com orientação socialista.
Almejavam a estatização de empresas, a reforma agrária, a suspensão do
pagamento da dívida externa, entre outras coisas. Tinham como lema as palavras
“Pão, Terra e Liberdade”. A Aliança Nacional Libertadora atraiu vários
militantes. Foi fechada por Vargas por apresentar-se como uma ameaça. Mas, como
resposta, o PCB organizou a Intentona Comunista, movimento que serviu de
pretexto para várias medidas autoritárias por parte do governo (aprovação de um
estado de sítio e a perseguição violenta de partidários da ANL e do PCB). Houve
a prisão de Luiz Carlos Prestes.
Governo Ditatorial
(Estado Novo)
Em
1936, houve uma movimentação, um debate em torno da sucessão presidencial. Os
candidatos foram lançados:
-Armando de Salles Oliveira (Partido Constitucionalista)
-Plínio Salgado (Ação Integralista Nacional)
-José Américo de Almeida (candidato oficial)
Para
desestabilizar o processo eleitoral, Vargas e militares organizaram medidas
repressivas e estratégias políticas, tais como o decreto do Estado de Guerra
(“combate ao comunismo”). Houveram violentas perseguições e repressões aos
opostos para Vargas continuar no poder. O Golpe de 37, que foi usado para
instituir o Estado Novo, se baseou em um documento que supostamente continha a
organização de um atentado comunista. Então, foi criada uma nova constituição:
“a polaca” (parecida com a da Polônia). Esta instituiu a pena de morte,
eleições indiretas, demissão de funcionários opostos e foi excluído o direito
de greve. O Estado Novo se caracterizou por ser um governo autoritário,
centralizador, com tendência totalitária. Para divulgar uma imagem enaltecida
de Getúlio, houve a criação do Departamento de Imprensa de Propaganda (DIP).
Além disso, o rádio foi usado como meio de comunicação de massa divulgando a
política varguista e difundindo novos padrões artísticos e culturais. Vargas uniformizou
o ensino, instalando a moral dele na
sociedade. Buscava a criação de um espírito cívico entre as massas,
incentivando artistas que enalteciam o Brasil, a criação de passeatas, desfiles
cívicos, etc. Com a entrada ao lado das forças aliadas na Segunda Guerra
Mundial e sua vitória representou o fim do nazifacismo, ameaçando a ditadura de
Getúlio Vargas, fazendo-o renunciar em 1945.
Segunda Guerra Mundial – Origem
Tanto
a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da
década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Na Itália estava crescendo
o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da
Itália, com poderes sem limites.
Na Ásia, o Japão também
possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e
ilhas da região.
Com o tratado de Versalhes a Alemanha sofreu,
como conseqüência, um período inflacionário que levou a população a acumular
sacos de dinheiro para comprar um mísero pão. Ascendia, neste país, um Estado
totalitário. Adolf Hitler, ex-combatente austríaco, conseguiu transformar a
sensação de humilhação sofrida pela Alemanha em desejo de revanche e fez disso
uma justificativa para a expansão territorial. Então, desobedecendo a cláusulas
do Tratado de Versalhes, a Alemanha iniciou tal processo de expansão querendo recuperar
os territórios perdidos para os países vitoriosos em 1918. Para a formação do
III Reich (Império) alemão, Hitler anexou a Renânia, a Áustria, a Região dos
Sudetos (alegando uma maioria alemã na região), a Boêmia e a Morávia. A
Inglaterra e a França haviam concedido aos alemães a ocupação da Região dos
Sudetos na conferência de Munique. Entretanto, ingleses e franceses asseguraram
a proteção e a não invasão alemã de outros territórios no leste europeu
(Polônia), ou seja, a Alemanha comprometia-se a não empreender uma nova
expansão territorial sem o conhecimento franco-inglês.
Hitler também procurava firmar
acordos vantajosos quando o conflito armado começasse, tais como:
-1937: Alemanha, Itália e Japão firmaram
um pacto de colaboração que deu origem ao Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Estes três
tinham objetivos expansionistas.
-1939: Alemanha assinou com a União
Soviética um “tratado de não agressão” que garantiu a neutralidade da União
Soviética em um futuro conflito que envolvesse França, Inglaterra e Alemanha.
Como pagamento, a União Soviética receberia uma parte do território polonês
quando fosse invadido pela Alemanha.
Hitler também se usou da Guerra Civil
Espanhola para testar os seus armamentos, fornecendo aviões, pilotos e munição
para os nacionalistas espanhóis vencerem a Frente Popular. Essa guerra dizimou
milhões de pessoas. Mussolini, assim como Hitler, também apoiava o golpe do
general Franco.
Na década de 1930, o Japão se
despontava no continente asiático como uma grande potência imperialista, o país
incorporou alguns territórios, principalmente a região da Manchúria, na China.
Essa expansão territorial rapidamente levou o país a entrar em conflito com a
União Soviética e alguns outros países imperialistas do ocidente. Foi a partir
desse momento que o Japão iniciou uma aliança com a Alemanha e Itália.
Em 1931, a Itália invadiu a
região da Abissínia (Etiópia). A principal política destes três países era o
duro combate ao comunismo internacional que desencadeou o acordo
chamado pacto anti-Komintern e a expansão territorial.
A chamada Liga das
Nações, órgão internacional que prezava a paz mundial, nada fazia para
barrar a expansão territorial alemã, italiana e japonesa.
Características dos Governos Totalitários de
Direita
1.
Totalitarismo: Poder do Estado sob a política.
Benito Mussolini dizia que nada deveria existir contra o Estado.
2.
Nacionalismo: Exaltação dos valores da pátria.
3.
Autoritarismo: Autoridade do líder é
incontestável.
4.
Militarismo: Sistema político, em
que predominam elementos militares.
5.
Anticomunismo: Preocupação com a
Revolução Russa, já que ameaçava o capitalismo.
6.
Culto à violência: A guerra era
considerada a atividade mais nobre do homem.
Conflito Armado
Com as alianças formadas, os territórios
próximos a Alemanha anexados e com armamentos testados, Hitler invadiu a
Polônia em 1939, dando início ao conflito. Em resposta, França e Inglaterra se
uniram formando o Bloco dos Aliados e declarando guerra ao Eixo (Alemanha,
Itália e Japão). Depois de invadir a Polônia, Hitler começou a usar uma tática
chamada de blitzkrieg.
Blitzkrieg
Tática
de ataques rápidos que surpreendiam os inimigos e praticamente impediam
qualquer defesa. É chamada de guerra relâmpago. Acontecia da seguinte forma:
1. Ataques aéreos destruíam pontos
importantes do país a ser ocupado.
2. Blindados completavam a
destruição.
3. A infantaria entrava em ação para
tomar uma terra arrasada, o que poupava a vida de muitos soldados nazistas e a
utilização de armas de pequeno porte (munição mais cara).
Fases do Conflito
Nos primeiros anos do confronto, a
Alemanha esteve à frente, conquistando Dinamarca, Noruega, Holanda e Bélgica.
As tropas alemãs também marcharam sobre a França. Em 1941, a Alemanha
conquistou a Iugoslávia e a Grécia, obtendo o apoio de governos
colaboracionistas (diversos tipos de cooperação com os exércitos do Reich,
desenvolvidos em diferentes momentos por governos de países europeus) na
Hungria, Romênia e Bulgária, querendo se aproximar da União Soviética. Enquanto
tropas alemãs avançavam pela Europa, Itália e Inglaterra buscavam o controle
sob o Norte da África, e o Japão continuava seu projeto expansionista.
1ª Fase
De 1939 a 1941, aconteceu a primeira fase,
marcada pelo avanço do Eixo sobre territórios da Europa (por tropas alemãs);
norte da África (por tropas italianas) e territórios asiáticos (por tropas
japonesas).
2ª Fase
De 1941 a 1943, aconteceu a segunda fase da
guerra, na qual ocorreu um equilíbrio entre os países do Eixo e dos Aliados,
com a entrada dos EUA e da União Soviética ao lado dos Aliados. A União
Soviética entrou na guerra a partir do momento em que Hitler rompeu com
o pacto germano-soviético; os Estados Unidos já promoviam acordos de
solidariedade com a Inglaterra, na chamada Carta do Atlântico.
3ª Fase
De 1943 a 1945 ocorreu a terceira fase.
Essa é caracterizada pela derrota do Eixo e a vitória dos Países Aliados.
1941
Ano em que o panorama geral do conflito
começou a mudar. A participação das potências Estados Unidos e União Soviética
na Guerra alteraram as relações de poder entre os blocos do Eixo e Aliados. Os
Estados Unidos entraram no conflito após um ataque japonês à base naval
estadunidense de Pearl Harbor, o que foi considerado um ato de traição. Em
junho deste mesmo ano, começou a ser praticada a estratégia de guerra chamada
Operação Barbarrosa, que consistiu no avanço das tropas alemãs sobre a União
Soviética quebrando o Tratado de Não Agressão. A invasão já era esperada,
portanto, os soviéticos já estavam preparados. O objetivo dessa invasão era
dominar a Região do Cáucaso para se apropriar de campos petrolíferos.
Cerco a Leningrado
Em
1941, por aproximadamente 900 dias, os alemães cercaram a cidade de Leningrado
(Rússia), impedindo o acesso a alimentos e energia a seus habitantes. Um milhão
de russos morreu por ataques aéreos, fome, desnutrição ou frio. Mesmo assim, a
população resistiu até o rompimento do cerco no inverno de 1944.
Fim
da Guerra
Após o êxito na invasão à Leningrado e no
seu cercamento, a conquista do território soviético foi dificultada pela
resistência das tropas russas, pela dificuldade de abastecimento e pela chegada
do rigoroso inverno russo. Stalin, líder soviético, deu ordem para que as
indústrias pesadas se transferissem para o leste dos Montes Urais, dificultando
o abastecimento alemão.
No norte da África, tropas britânicas
derrotavam o Eixo – fim de 1942. Em 1943, tropas aliadas britânicas e
estadunidenses invadiram o território da Silícia e chegaram à Península
Itálica. Na Frente Oriental, os alemães sofriam as primeiras grandes baixas na
Batalha de Stalingrado: 100 mil soldados mortos e 90 mil capturados. Então, as
tropas russas passaram a cercar as alemãs obrigando-as a recuar. Em janeiro de
1943, o que sobrou do exército alemão se rendeu às portas de Stalingrado.
Houve, ainda, a vitória dos Estados Unidos
sobre a marinha japonesa em 1942, na Batalha de Midway. A partir de 1943, os
aliados desenvolveram ataques aéreos sob cidades alemãs para quebrar a
resistência nazista. Ao mesmo tempo, espiões aliados alertavam para o
desenvolvimento do projeto atômico alemão. Caso Hitler desenvolvesse a bomba
atômica, o conflito ganho para o Eixo.
Franklin
Roosevelt, Winston Churchill e Josef Stalin, representantes dos Aliados,
reuniram-se em Teerã para determinar as estratégias de ataque contra a Alemanha
e também os territórios que caberiam a cada um. Em 1944, forças aliadas
desembarcaram na Normandia para desalojar os alemães protegidos em bunkers e
casamatas, tomando a praia. Na Europa Oriental, tropas russas avançavam em
direção à Alemanha. Após a libertação de Paris, bombardeios britânicos e estadunidenses
se intensificaram, matando milhões de pessoas. Em 1945, tropas soviéticas entraram
em Berlim. Com o suicídio de Hitler, a rendição alemã foi assinada em 7 de maio
de 1945. Já o líder fascista Mussolini e sua esposa foram fuzilados pela resistência
italiana e seus corpos foram expostos em praça pública na cidade de Milão.
A Guerra no Pacífico
O
conflito havia terminado na Europa, mas continuou até agosto de 1945 no
Pacífico. A resistência obstinada dos japoneses causou perdas para os
estadunidenses. A rendição japonesa foi apressada pela detonação de duas bombas
atômicas pelo governo estadunidense. A justificativa era de que os
estadunidenses levariam cerca de três anos para invadir as ilhas japonesas e um
milhão de homens morreria na ação. Sendo assim, a bomba atômica serviu de
“atalho”. A primeira bomba foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, e a
segunda, em Nagasaki. Isso ocasionou a morte de milhares de pessoas e mostrou a
força dos Estados Unidos sobre o mundo. Uma curiosidade é que uma dessas bombas
iria ser lançada sobre Tóquio. Mas, por ser uma cidade religiosa, isso afetaria
não somente aquele povo, aquela era. Assim, iriam lançar sobre Hiroshima caso o
tempo estivesse aberto naquele dia. E, infelizmente, estava.
Com o final do conflito, em 1945,
foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria
a manutenção da paz entre as nações.
O Holocausto
Quando as tropas aliadas começaram a
desembarcar nos territórios invadidos pela Alemanha nazista, depararam-se com milhares de pessoas
vivendo em condições miseráveis à espera do extermínio em campos especialmente
projetados para isso. Eram judeus, ciganos, homossexuais, prisioneiros de
guerra, opositores políticos vivendo em campos de concentração criados para
colocar em prática a solução final. Se costuma falar mais sobre o holocausto
judeu, por ter envolvido a religião também. Este levaria ao genocídio de cerca
de seis milhões de pessoas desta religião nos campos de concentração.
Outras pessoas que morreram em tais campos, consideradas indesejáveis, eram
membros etnia cigana, eslavos, homossexuais, portadores de
deficiência, Testemunhas de Jeová e dissidentes políticos. Milhares
de pessoas eram usadas como cobaias em diversas experiências, o que acarretou a
propagação de doenças como tifo e tuberculose.
A Solução Final
A
última etapa de uma política antissemita que vinha sendo implantada desde 1933
pelo governo de Hitler. Inicialmente, os judeus foram discriminados e excluídos
da vida pública. Depois foram vítimas se isolamento e degradação, perdendo suas
condições de cidadãos. Posteriormente, o Estado nazista promoveu a expropriação
dos bens e o confinamento dos judeus em guetos. A solução final estaria
completa com o confinamento em campos de concentração para a realização de
trabalhos forçados e o seu extermínio em massa.
Brasil
A
justificativa para o Brasil entrar ao lado dos aliados, foi o torpedeamento de
navios mercantes brasileiros que rumavam à Europa, por submarinos alemães
(havia uma teoria de que quem realmente havia afundado eram os
norte-americanos, para colocá-los sob pressão para entrarem na guerra). Getúlio
Vargas estava negociando com os países do Eixo e Aliados a participação
brasileira no conflito. As tendências político-ideológicas de Vargas faziam-no
crer que a entrada do país na guerra deveria ocorrer ao lado dos países do
Eixo, mas os EUA se comprometeram a fornecer subsídios ao Brasil para construir
uma companhia siderúrgica. O Brasil era desejado pelos dos blocos por ser o
Celeiro Mundial, país que mais produzia alimentos no mundo e tinha grande
quantia de minérios. O Brasil enviou para a Itália os pracinhas da Força
Expedicionária Brasileira (FEB). Os cerca de 25 mil soldados brasileiros
conquistaram várias cidades da face oeste italiana, chegando até a região
montanhosa, ao norte desse território. Inicialmente, o Brasil deveria mandar
200 mil soldados para a guerra em 90 dias. Acabou por mandar somente 25 mil.
Muitos soldados pertenciam ao meio rural e, por esse motivo, o exército
brasileiro era considerado defasado. Os países do Eixo costumavam dizer que
seria mais fácil a cobra fumar do que o Brasil ganhar a guerra. Então, o
símbolo brasileiro possui ilustrada uma cobra fumando. Muitos dos soldados
brasileiros estavam passando por muito frio, já que estavam acostumados com o
calor de seu país de origem. E pior: Certos soldados não possuíam nem uniforme.
Estes possuíam uma qualidade tão inferior que os coturnos já começaram a falhar
nas primeiras semanas. Para agravar ainda mais a situação, o tal uniforme era
parecido com o dos alemães. Assim, eram atingidos pelos Aliados (pensando serem
alemães) e pelo Eixo (achando serem soldados desertados).
Depois da Segunda
Guerra
Houve
o acirramento entre o capitalismo estadunidense e o socialismo soviético,
gerando um clima de tensão militar que dividiu o mundo em dois blocos: o bloco
capitalista, liderado pelos EUA, e o bloco socialista, aliado à União
Soviética.
Guerra Fria
As
disputas ideológicas, econômicas e militares entre EUA e União Soviética
causaram um clima de tensão mundial, acirrado pela ameaça de uma guerra nuclear
e pelo envolvimento dessas potências em conflitos ocorridos em outros países.
Não houve uma declaração de guerra formal, mas a paz mundial foi muito
ameaçada. Ou seja, foi chamada de “fria” porque não houve um combate direto,
uma guerra direta entre os dois países. Foi um conflito só de ordem política,
tecnológica, social, econômica e ideológica.
Tratados do Pós-Guerra
Os
países aliados começaram a discutir sobre a nova situação mundial. Inglaterra e
EUA abriram mão de qualquer domínio territorial, defendendo a soberania das
nações envolvidas. O início da bipolarização geopolítica característica da
Guerra Fria se deu durante o processo de ocupação aliada da Alemanha nazista e
se consolidou com a assinatura de tratados sobre o destino das regiões por ela
ocupadas. Alguns dos tratados:
Conferência de Yalta
Em
fevereiro de 1945, Stalin, Franklin Roosevelt e Winston Churchill se reuniram
para definir as fronteiras da União Soviética no Leste Europeu, incorporando a
ela os Estados Bálticos e criando uma faixa de segurança soviética na Europa.
Foi decidida a eliminação do nazismo e a organização de governos provisórios
até serem feitas novas eleições.
Conferência de São
Francisco
Em
abril de 1945, líderes dos EUA, União Soviética e Inglaterra se reuniram para
definir a extinção da Liga das Nações e a criação de um organismo internacional
– a ONU – para manter a paz mundial.
Conferência de Potsdam
Em
setembro de 1945, os aliados se reuniram em Potsdam e tomaram a decisão de que
a Alemanha seria dividida em quatro zonas de ocupação. Em 1949, nascia a zona
de ocupação soviética: a República Democrática Alemã (RDA), ou Alemanha
Oriental socialista e com capital em ¼ da cidade de Berlim. Na parte ocidental,
as três zonas de ocupação originaram a República Federal da Alemanhã (RFA) ou
Alemanha ocidental, com capital em Bonn.
Muro de Berlim
Um muro feito de concreto e arame
farpado foi construído à mando do governo da República Democrática Alemã (RDA,
Alemanha Oriental). Começou a ser feito em 13 de agosto de 1961, estendendo um
arame farpado de um poste a outro, por 37km. Ao fim, possuía 66,5 km de
gradeamento metálico, 302 torres de observação, 255 pistas de corrida para cães
de guarda, etc. Era dado o direito de matar à patrulha. O muro de Berlim é um
dos símbolos da Guerra Fria e manteve famílias e amigos separados por 28 anos.
Doutrina Truman
Quando
Harry Truman virou presidente dos EUA, uma série de medidas foram tomadas para
conter o socialismo.
Plano Marshall
Parte
da Doutrina Truman. Foi criado por George Marshall e se constituía na concessão
de empréstimos aos países destruídos pela guerra. Foi uma estratégia de injetar
muito dinheiro nas economias de países destruídos pela guerra evitando que
grupos de esquerda subissem ao poder e se aliassem ao socialismo. Percebendo
isso, a URSS se ausentou das negociações com os EUA, sendo seguida por outros
países do Leste Europeu. Estes adotaram governos simpatizantes com o socialismo
soviético, formando a chamada “cortina de ferro” entre o Ocidente e o Oriente.
Bipolarização Mundial
Acordos
político-militares de cooperação mútua foram estabelecidos no lado ocidental e
oriental da Europa. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi
criada do lado ocidental como uma estrutura político-militar de defesa mútua
entre os países do Ocidente. Em resposta, o Bloco Soviético criou o Pacto de
Varsóvia, organização militar de cooperação e defesa mútua vinculada ao
socialismo soviético. Isso fez com que o clima ficasse ainda mais tenso. Em
1950, Joseph McCarthy moveu uma perseguição política aos partidos de esquerda e
aos simpatizantes e militantes do socialismo. Esse episódio ficou conhecido
como “a caça às bruxas” e ocorreu no período entre 1948 e 1953, um dos mais
tensos da Guerra fria. Nessa época que a União Soviética anunciou que havia
criado sua própria bomba atômica.
Aproximação
estadunidense com a América Latina
Desde
a época da Segunda Guerra Mundial, os laços entre os EUA e os países da América
Latina vinham se estreitando e isso foi facilitado pela presença comercial e
industrial e o investimento de capital pelos Estados Unidos nos países latino-americanos.
O american way of life era muito divulgado e incentivado.
Cultura e Sociedade – Transformações
Entre
os países do Ocidente, vinculados ao capitalismo, os anos de 1950 foram de
grande prosperidade econômica, sendo comumente lembrados por “anos dourados”.
Essa década foi caracterizada por uma grande expansão econômica e tecnológica,
não somente nos países ricos capitalistas, mas também nos países ligados à
União Soviética e em economias em desenvolvimento na América Latina e Ásia. As
corridas armamentista e espacial que ocorreram estimulavam avanços tecnológicos
em outras áreas.
Em países como a Alemanha Ocidental, França e EUA, foram criadas políticas
sociais para motivas a formação de mão de obra especializada. Os governos
temiam que as massas se sentissem atraídas pela proposta socialista.
Um pouco sobre cada
país fascista
Itália
Líder fascista: Benito Mussolini
Camisas Negras: Força miliciana.
Incorporaram as forças de repressão oficial.
Marcha sobre Roma: Manifestação em
1922 que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III
passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a
autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo, sendo
considerado chefe (duce) em 1925.
Espanha
Líder: Francisco Franco
Franquismo: Atravessou décadas.
Caracterizava-se pela repressão brutal contra adversários e praticou uma
política econômica que tinha poder sobre si mesmo, fazendo com que o
desenvolvimento do país parasse.
Bases franquistas: Definidas pelo
Catolicismo e pelo Anticomunismo. Era apoiado pela Igreja Católica e pelo
Exército.
A ascensão de franco foi na Eleição Espanhola (1931)
Japão
Acreditavam
na origem divina do Imperador.
Fascismo Japonês: também é conhecido
como Estatismo Showa.
“Fascismo”: Muitos acreditam que a
palavra “Fascismo” seja inadequada para se referir ao que se encontrava no
Japão. Prefere-se usar o termo “Ultranacionalismo”, uma ideologia de extrema
direita extremamente conservadora, chegando à ser xenófoba e racista. O governo
era feito por militares.
Em 1931, houve a invasão
a Manchúria.
Alemanha
Hitler virou
chanceler em 1933.
Em 1934, aconteceu a Noite dos Longos
Punhais, uma chacina aos seus opositores.
Em 1938, houve a união com a Áustria (pangermanismo).
Holocausto: Eugenia, crença na
purificação da raça alemã.
Brasil nos Anos de 1940
a 1950
O posicionamento do Brasil com os aliados contra o
nazifascismo tornou a ditadura de Getúlio uma contradição. Diante da
solicitação popular, Vargas começou a articular estratégias para sair da
presidência, mas não da política. Quando a anistia foi cedida, muitos exilados
retornaram ao Brasil e a população passou a exigir a realização de eleições
presidenciais e para a Assembleia Constituinte. Antigas e novas organizações
partidárias foram legalizadas, houve o apoio ao PTB (Partido Trabalhista
Brasileiro). As forças armadas mobilizaram mais de 170 mil simpatizantes à
renúncia, obrigando Getúlio a deixar o governo em 1945. O PTB, de Getúlio,
apoiou então Eurico Gaspar Dutra, que acabou se tornando o primeiro presidente
a chegar no poder democraticamente. Vargas conseguiu se eleger senador.
A Contradição do
Governo Dutra
Ao mesmo tempo que assegurava o voto universal e secreto
para os maiores de 18 anos, excluía analfabetos, militares e religiosos do
direito ao voto. A nova Constituição extinguia a censura, a pena de morte,
restituía o direito de livre associação. Apesar disso, proibia associações
trabalhistas não vinculadas ao Estado, movimentações populares, sindicatos,
etc. Foi criado o Plano SALTE, que almejava a planificação da economia. No
entanto, as atitudes repressivas representaram uma queda nos salários dos
trabalhadores, fazendo o custo de vida aumentar. Aliado a isso, o Brasil se
abriu à importações, o que acabou com as reservas cambiais brasileiras.
O Retorno de Vargas
Se
elegeu na campanha de sucessão presidencial. Deveria governar por 5 anos. Em
sua estratégia de governo, se caracterizava por:
·
Defender
o desenvolvimento da industria nacional e a diminuição da dependência da economia
brasileira do capital internacional.
·
Interessava-lhe
aprimorar a legislação trabalhista e promover o desenvolvimento da
industrialização nacional.
·
Defendia o monopólio estatal de setores como a
indústria de base. Lançou a campanha “O petróleo é nosso”.
·
Queria
o desenvolvimento industrial e a modernização da economia brasileira.
Nos
primeiros anos, o custo de vida aumentou, mobilizando sindicatos a realização
de greves. A oposição da UDN ao governo se intensificou quando nomeou João
Goulart para o Ministério do Trabalho. Este conseguiu administrar algumas
greves e tinha uma postura considerada socialista por trás da trabalhista A
crise chegou auge quando Goulart apresentou a proposta de aumento em 100% para
os trabalhadores que ganhavam o salário mínimo. Por causa da violenta reação,
Jango teve de renunciar. No mesmo ano, 1954, um atentado à Carlos Lacerda
(apenas se feriu) fez com que Getúlio fosse acusado e houvesse um manifesto à
Nação objetivando a renúncia dele. Vargas se suicidou com um tiro no peito,
fato que provocou revoltas em todo o país.
Juscelino Kubitschek
Após ser eleito, com João Goulart como vice, Juscelino
buscava conciliar “desenvolvimento com ordem”, agradando os setores
oposicionistas. Foi um governo estável e otimista, devido ao crescimento
econômico e pela capacidade do governante de contornar o movimento sindical.
“50 anos em 5”
Objetivava fazer o Brasil crescer o
equivalente a 50 anos de desenvolvimento em 5 de mandato. Para isso, criou o
Programa de Metas e o Conselho de Desenvolvimento Econômico. Foi um governo
“nacional-desenvolvimentista”, pois combinava investimentos do capital
estrangeiro e da indústria privada nacional buscando o desenvolvimento do país.
No fim de seu mandato, JK anunciava a chegada de uma grave crise econômica por
ter gastado muito com incentivos à industrialização e com a construção de
Brasília. Essa crise veio acompanhada da crise política e social. A inflação
fez com que fosse necessário o empréstimo de 300 milhões do FMI, que foi
concedido ameaçando a autonomia econômica brasileira. Mediante tudo isso, foi
rompida a ligação com o FMI. Em meio a tudo isso, o mandato de JK terminou, se
elegendo, então, Jânio Quadros.