segunda-feira, 29 de abril de 2013

Química e Física

Física: Sem solução. Estudar até pg. 13 por aqui : http://soresumoos.blogspot.com.br/2013/03/fisica-pg-6-13.html

Química

Primeira utilização dos compostos orgânicos e suas reações: descoberta do fogo.
Química Orgânica: Ramo da química que estuda a química do carbono.
Jöns Jacob Berzelius criou a Teoria do Vitalismo: Todos os compostos poderiam ser divididos em inorgânicos (rochas, metais) e orgânicos (produzidos por seres vivos). Somente seria possível extrair os compostos orgânicos a partir de seres vivos. Síntese de um composto orgânico só aconteceria com intervenção de uma “força vital”.
Friedrich Wohler: Derrubou teoria do Vitalismo, comprovando que a matéria orgânica podia ser produzida em laboratório. Aqueceu cianato de amônio (subs. Inorgânica) e observou a formação de cristais de uréia (subs. Orgânica encontrada na urina de mamíferos). Assim, provou que não existem diferenças entre compostos sintéticos e naturais e abrindo as portas para pesquisas e produção de muitas outras substâncias.
Kekulé: Definiu Química Orgânica como parte da Química dos compostos de carbono. Todo composto orgânico apresenta carbono em sua composição, mas nem todo composto que apresenta carbono é considerado orgânico. Ex: óxidos de carbono, carbonados, cianetos e carbetos (Se assemelham mais aos compostos inorgânicos).
Com mais pesquisas, novas tecnologias produzem menos rejeitos, mais rendimento com menor custo. A Química Orgânica é importante para áreas de saúde, para a Biotecnologia e Engenharia Genética (desenvolvimento de células, órgãos e até organismos).
Características do Carbono
Presente em todas as moléculas dos compostos orgânicos, o carbono apresenta 4 elétrons na camada de valência: tetravalente. Pode se unir por ligações simples, duplas ou triplas. A geometria molecular depende das ligações entre os átomos.
Teoria de repulsão dos pares eletrônicos: Os pares de elétrons que ligam os átomos (pares ligantes) e os pares não ligantes (pares isolados) repelem-se mutuamente e orientam-se de forma a atingir o maior afastamento possível, uma posição mais afastada no espaço.
Três geometrias possíveis para os carbonos:
-Tetraédrica: Quando os 4 ligantes ocupam o vértice de um tetraedro cujo centro é ocupado pelo carbono.
-Trigonal plana: Quando os 3 ligantes ocupam o vértice de um triângulo.
-Linear: Quando há apenas dois ligantes e o ângulo é de 180º.
a) Quanto à disposição dos átomos de carbono:
NORMAL: 2 Extremidades livres
RAMIFICADA: Mais do que duas extremidades livres.
b) Quanto ao tipo de ligação entre os átomos:
SATURADA: Apenas ligações simples
INSATURADA: Há ligações duplas ou triplas.
c) Quanto à natureza dos átomos:
HOMOGÊNEA: Só átomos de carbono na cadeia.
HETEROGÊNEA: Entre os átomos de carbono existe um átomo diferente (heteroátomo)
c) Quanto à natureza dos átomos:
HOMOGÊNEA: Só átomos de carbono na cadeia.
HETEROGÊNEA: Entre os átomos de carbono existe um átomo diferente (heteroátomo)
Divididas em: Cadeias aromáticas (com anel aromático) e Cadeias Acíclicas (Não são aromáticas).
Cadeias aromáticas (mais comum: anel benzênico):
a) Podem ser:
MONONUCLEARES: Quando possuem só um grupo benzênico
POLINUCLEARES: Quando possuem mais de um grupo benzênico. Núcleos podem ser condensados se tiverem átomos de carbono em comum, ou isolados se não o possuírem.
Cadeias aromáticas (mais comum: anel benzênico):
a) Podem ser:
MONONUCLEARES: Quando possuem só um grupo benzênico
POLINUCLEARES: Quando possuem mais de um grupo benzênico. Núcleos podem ser condensados se tiverem átomos de carbono em comum, ou isolados se não o possuírem.
a) Quanto ao tipo de ligação entre os átomos de carbono:
SATURADA: Possui apenas ligações simples
INSATURADA: Pelo menos uma ligação dupla/tripla
HOMOCÍCLICA: Só átomos de carbono
HETEROCÍCLICA: Possui um heteroátomo entre os átomos de carbono.
-Cada composto deve apresentar um único nome;
-Dada a fórmula estrutural, deve ser possível elaborar o seu nome e vice-versa.
Pode ser obtido unindo fragmentos indicando uma característica presente no próprio composto:
Intermediário: Tipo de ligação entre átomos de carbono
Sufixo: Indica a função à qual pertence o composto orgânico
Quant. de carbonos
Prefixo
1
Met
2
Et
3
Prop
4
But
5
Pent
6
Hex
7
Hept
8
Oct
9
Non
10
Dec
Tipo de ligação
Intermediário
Saturada
simples

Na
Insaturada
1 dupla
2 duplas
3 duplas

en
dien
trien
1 tripla
2 triplas
3 triplas
In
Diin
Triin
Álcool: ol
Cetona – ona
Ácido carboxílico – oico
Aldeído - al
CH3 – CH2 - CH2 – CH3 = butano
CH3 - CH = CH2 = propeno
CH = CH = etino
  Saturados – Alcanos
  Insaturados – Alcenos ou Alcinos
 Aromáticos
 Alicíclicos – Ciclanos ou Ciclenos
Fórmula: CNH2N+2
Fórmula: CNH2N-2
Fórmula: CNH2N-2
Fórmula: CNH2N-2
Podem ser:
- Alcadienos de duplas funções acumuladas (duplas ligações consecutivas)
- Alcadienos de duplas conjugadas (separadas por uma ligação simples)
- Alcadienos de duplas isoladas (duplas ligações separadas por mais de uma ligação simples).
Fórmula: CNH2N-2
Fórmula: CNH2N-2
H3C -
Metil
H3C – CH2 -
Etil
H3C – CH2 – CH2 -
N-propil
.          |
H3C – CH – CH3
Isopropil
H3C – CH2 – CH2 - CH2
N-butil
.                  |
H3C - CH2 – CH – CH3
Sec-butil
H3C – CH – CH2 -
.         |
.       CH3
Iso-butil
.         |
H3C – C – CH3
.        |
.       CH3
Terc-butil


Classificação do carbono: Átomo de carbono pode estar ligado a até 4 átomos de carbono, classificado de primário à quaternário de acordo com suas ligações.
Representação em forma de traços: Os átonos de carbono e de hidrogênio não aparecem. Os carbonos são os pontos de inflexão nas extremidades dos traços.
Classificação das cadeias carbônicas:
Cadeia aberta (extremidades livres):

Cadeia fechada/cíclica (Sem extremidades livres):
Cadeias alicíclicas:
b) Quanto à natureza dos átomos:
c) É possível classificar as cadeias alicíclicas ramificadas em MISTAS, por apresentarem uma parte cíclica e outra alicíclica.
Petróleo: Bruto, é uma mistura complexa de hidrocarbonetos (compostos orgânicos formados por hidrogênio e carbono), que possui contaminações variadas de enxofre, nitrogênio e metais. Bruto, apresenta poucas aplicações. Se obtém seus derivados em refinarias por meio da destilação fracionada, separando a mistura por meio de seus pontos de ebulição. Se o ponto é maior, maior é o número de átomos na cadeia carbônica e são recolhidos na parte inferior. Se o ponto é menor, menor o número de átomos na cadeia carbônica e são recolhidos na parte superior.

NOMENCLATURA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
Desenvolvida pela IUPAC para dar nomes lógicos à compostos orgânicos. É a nomenclatura oficial. Obedece aos seguintes princípios:
Prefixo + intermediário + sufixo
Prefixo: Nº de átomos de carbono presentes na cadeia carbônica
PREFIXO – Nº de Carbonos:

INTERMEDIÁRIO – Tipo de ligação

SUFIXO – Função do composto orgânico
Hidrocarboneto: o

Exemplos:

HIDROCARBONETOS
-CADEIA ABERTA
-CADEIA FECHADA

ALCANOS: Hidrocarbonetos alifáticos saturados (cadeia aberta com ligações simples).
ALCENOS: Hidrocarbonetos alifáticos de cadeia insaturada por uma dupla ligação.
ALCINOS: Hidrocarbonetos alifáticos de cadeia acíclica, homogênea e insaturada com uma tripla ligação entre dois átomos de carbonos. Quando a ligação tripla fica na extremidade da cadeia, temos alcinos verdadeiros. Alcinos são chamados falsos quando fica entre os demais átomos de carbono.
ALCADIENOS: Hidrocarbonetos alifáticos, acíclicos e insaturados com duas duplas ligações.
CICLANOS: Hidrocarbonetos de cadeia fechada de ligações simples. Nomenclatura adiciona o ciclo no começo.
CICLENOS: Hidrocarbonetos cíclicos insaturados por uma dupla ligação. Também precedido de “ciclo”.
Aromáticos: Os principais possuem anel benzênico (cadeia fechada, homogênea, formada por 6 carbonos ligados por duplas e simples ligações alternadas). Possuem nomenclaturas particulares.
GRUPOS ORGÂNICOS

Ps.: Olhar na pg. 39 os monovalentes derivados de hidrocarbonetos aromáticos
NOMENCLATURA DOS HIDROCARBONETOS DE CADEIA RAMIFICADA
Passo a passo:
1.    Determinar a cadeia principal (a com maior número de grupos orgânicos). Deve conter as insaturações, quando existirem.
2.    Reconhecer os grupos orgânicos e nomeá-los. Se tiver mais de um, usa-se prefixos como di-, tri- ou tetra-.
3.    Numerar a cadeia principal obtendo os menores números possíveis.
Ps.: Ver pg. 42 e os nomes dos compostos aromáticos de cadeia ramificada.

HALETOS ORGÂNICOS
Compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais átomos de hidrogênio (H) por igual número de átomos de halogênio (F, Cl, Br ou I).
Para fazer a nomenclatura, se usa:
Nome do halogênio + nome do hidrocarboneto correspondente

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Biologia - Reino Fungi

Reino Fungi – Fungos: Eucariontes, heterótrofos princ. por absorção (decomposição de matérias)
Maior ser vivo é um fungo com 880 hectares. Cogumelos, leveduras (fermentação de pães e bebidas), bolores, “sapinhos” (parasitas da pele humana, frieira)
Características gerais dos fungos:
·         Predominantemente terrestres;
·         Heterótrofos (não fazem fotossíntese)
·         Muitos agem como sapróbios para obterem alimentos, usando matéria orgânica de organismos mortos para nutrição. Assim, são agentes decompositores junto com as bactérias, fazendo a reciclagem nos ecossistemas;
·         Alguns são parasitas, retirando nutrientes de outros organismos, que saem prejudicados e até mesmo com doenças como micoses;
·         Possuem esporos resistentes que se espalham pelo ar e água. Sobrevivem melhor em pH ácido;
·         Podem ser uni ou pluricelulares.
·         Pluricelulares: células compactadas forma uma massa de longos filamentos chamados hifas (tubos microscópicos que se formam após a germinação dos esporos e podem ou não apresentar septos (paredes transversais, delimitando as células. Hifas sem septos são cenocíticas e compartilham um citoplasma com diversos núcleos. A reunião de hifas é chamada micélio.
·         Células possuem parede celular (reforça a membrana plasmática com quitina - resistência). Por isso, tratamento antifúngico é difícil.
·         Possuem glicogênio como substância de reserva.
·         Alguns são usados na indústria farmacológica para produzir antibióticos e outros medicamentos. Ex: penicilina.
Fisiologia dos fungos:
Micologia: Estudo dos fungos. Existem aprox. 57 mil espécies descritas. Classificação de acordo com as estruturas reprodutivas e nos tipos de hifas:
·         Quitridiomicetos: Fungos mais simples, sem o micélio característico. A grande parte é aquático com flagelos em algum estágio de suas vidas. Nenhum dos outros tem flagelos. Alguns são unicelulares, mas a maioria é filamentosa com hifas cenocíticas. Muitos decompõem plantas e animais. Podem ser empreganos no controle biológico e da poluição de águas continentais.
·         Zigomicetos: Com organização simples, hifas cenocíticas (sem septos ou paredes transversais). Terrestres ou aquáticos, esses seres não possuem nenhuma forma móvel, atuando na decomposição de matéria orgânica ou como parasitas. Inclui o bolor do pão e dos frutos. Se propagam em materiais úmidos, armazenados, ricos em carboidratos.
·         Ascomicetos: Os mais numerosos. Possuem ascocarpo: estrutura reprodutiva em forma de saco. Dentro dela, tem ascorporângios, onde se produzem esporos sexuados (ascóporos). O ascocarpo forma o corpo de frutificação desses fungos. Leveduras (unicelulares), trufas, aspergillus (saquê e molho shoyu), pertencem ao filo. Usados também na fabricação de queijos, penicilina e alimentação. Maior parte faz a decomposição de matéria orgânica, mas alguns parasitam vegetais.
·         Basidiomicetos: Mais desenvolvidos (cogumelos). Podem ser encontrados em troncos de árvores, solos úmidos. Muitos são fitoparasitas (parasitam plantas). Ex: carvão-do-milho, ferrugem do cafeeiro. Se caracterizam por apresentarem basídios (estruturas reprodutivas que produzem esporos chamados basidiósporos). Os basídios podem se agrupar em um corpo de frutificação, formando o basidiocarpo (parte do cogumelo acima do solo). Alguns produzem toxinas e alcaloites potentes – alucinógenos. Existem desde espécies letais a alimentícias. Ex: Amanita phalloides (letal), champignon, orelhas-de-pau (troncos).

Reprodução dos Fungos
Sexuada: Fungos unicelulares fazem por brotamento. Pluricelulares formam esporos (células reprodutivas) que germinam e, por mitoses sucessivas, formam hifas, que se alongam formando novos indivíduos. Nos seres aquáticos, os esporos podem ser flagelados, se dispersando na água. Nos terrestres, se dispersam com o vento. Esporos são produzidos por esporângios, que comumente ficam acima do micélio.
Assexuada: Nos zigomicetos, ascomicetos e basidiomicetos, acontece a fusão de hifas. O zigoto realiza a meiose (nº de cromossomos se dividem ao meio) originando esporos haplóides que germinam originando hifas haplóides. Essas, se entrelaçam formando o micélio, que apresenta corpo de frutificação.
Etapas do ciclo de um basidiomiceto:
1.    Micélio passa por duas fases. Em uma, as hifas são monocarióticas e na outra, dicarióticas. A germinação do esporo origina hifas monocarióticas que constituem o micélio primário.
2.    Rep. Sexuada começa com o encontro de dois tipos de hifas compatíveis que se fundem originando hifas dicarióticas
3.    O novo micélio (secundário) forma o corpo vegetativo, que cresce e constitui o corpo de frutificação (cogumelo).
4.    Em uma parte do ciclo, a célula terminal de algumas hifas adquirem forma de clava e viram basídios. Esse se forma na superfície das lamelas na parte inferior do chapéu do cogumelo. Os dois núcleos do basídio se fundem formando um zigoto com núcleo diplóide. Esse núcleo se divide por meiose, produzindo 4 núcleos haplóides.
5.    Enquanto a meiose ocorre, formam 4 protuberâncias em forma de dedos na superfície do basídio. Cada núcleo haplóide migra pra cada uma dessas, que se isolam do resto do basídio desenvolvendo uma parede grossa, transformando-se um basidióporo.
6.    Basidióporos maduros se desprendem e dispersam pelo ar. Encontrando condições favoráveis, germinam originando um micélio primário.

Doenças causadas por fungos:
Fungo
Doença
Candida albicans
Candidíase (sapinho)
Hemileia vastratrix
Ferrugem do cafeeiro
Tinea pedis e Trycophyton sp.
Micoses (tinta do couro cabeludo e frieira ou pé de atleta, respectivamente)
Paracoccidioides braziliensis
Micose: blastomicose sul-americana
Aspegillus flavus e Aspergillus parasiticus
Produzem aflatozinas (grupo de compostos tóxicos) encontrados em amendoins, nozes, etc. Acúmulo no organismo pode provocar necrose aguda, cirrose e carcinoma de fígado.

Micoses: Infecções cutâneas causadas por fungos que atingem pele, unhas ou cabelos. Como se encontram em diversos locais, podem existir em nossa pele até mesmo sem causar doenças, se alimentando da queratina. Mas, caso encontrem condições favoráveis, os fungos que causam micoses se reproduzem originando a doença.
Liquens: Associações mutualísticas entre fungos e algas ou cianobactérias. Para a formação de um líquen, as hifas dos fungos revestem e protegem as células das algas (gonídias). Forma-se um conjunto homogêneo que dá o aspecto de um único organismo. Nessa relação, a alga fornece glicose ao fungo e o fungo proteção à alga. Líquen sobrevive em condições que algas e fungos não sobreviveriam separados. Se reproduzem assexuadamente por meio de sorédios (fragmentos com hifas e gonídias). Sorédios se espalham com o vento, crescendo e formando novos liquens quando acham um substrato adequado. Muitos produzem o ácido liquênico, que pode degradar rochas, auxiliando na fertilização do solo, permitindo a instalação de plantas e a colonização de um ambiente. São sensíveis à poluição.
Micorrizas: Associação dos fungos mutualísticos com raízes de plantas. Fungo, heterótrofo, precisa de compostos orgânicos para nutrir-se. Planta, autótrofa, precisa de compostos inorgânicos como água e sais. Assim, os fungos absorvem os nutrientes inorgânicos para as plantas e as raízes fornecem glicose para eles, criando mais tolerância à condições desfavoráveis e uma maior resistência, aumentando a produtividade agrícola e diminuindo a necessidade de fertilizantes.

Ed. Física - Le Parkour e Lazer

Não sei se coloquei tudo. Peço que me avisem caso notem a falta do conteúdo de alguma página. Bons estudos!!


Parkour, ou l’art du déplacement (arte do deslocamento) é uma prática que dá um novo significado à espaços alternativos e à própria experiência das práticas corporais. Correr, suspender-se, saltar, dependurar, rastejar... O parkour desenvolve essas habilidades, dando ao praticante a liberdade de se movimentar no ambiente que se encontra. Um percurso é traçado e alcançado, por meios próprios, independentemente dos obstáculos, assim usando de artifícios que exploram a condição física e a compreensão sobre quais os métodos mais eficazes para ultrapassar tais obstáculos. É uma arte marcial na filosofia, pois é uma luta contra nossas próprias limitações.
Os praticantes são chamados de traceurs (homens) ou traceuses (mulheres). O Parkour surgiu na década de 90 quando David Belle e outros praticantes desenvolveram uma adaptação das técnicas de salvamento e resgate, usadas em treinamentos militares, para o meio urbano. David Belle já participou como ator e dublê em filmes nos quais demonstra suas habilidades corporais.
Na prática do parkour, não se precisa de grandes investimentos e nem de ambientes específicos. É recomendado o uso de roupas leves e tênis macios com amortecimento. É um esporte acessível a todos que possibilita o autoconhecimento do corpo humano e mente e o desenvolvimento de força, resistência, coordenação motora, concentração, força de vontade, determinação e coragem, favorecendo o bem estar e a qualidade de vida.
         Requer muita concentração e consciência de seus obstáculos, pois apresenta riscos que não devem ser subestimados. É necessário disciplina, bom senso e o respeito de seus próprios limites, avaliando os obstáculos quanto à distância, capacidade e risco.
O esporte faz com que se tenha liberdade na cidade, não deixando que as construções urbanas nos dominem. Constitui-se um desafio contra si mesmo, quanto às próprias limitações e objetivando a superação.
O objetivo não é competir com os outros. Há a cooperação e não interessa se alguém é melhor ou pior do que ninguém, pois a competição se dá contra os próprios limites. Quem pratica consegue se preparar para imprevistos, sendo mortais e outras coisa
s desnecessários para praticar tal esporte. É uma arte na qual se põe mente e alma no esporte. Quanto mais de corpo e alma se está, mais belo sai o movimento, que não precisa ser feito com esse objetivo. No Brasil existem vários grupos desafiando os limites urbanos.

______________________

Lazer: Conjunto de ocupações que o indivíduo se encarrega de livre vontade após se livrar das obrigações profissionais, familiares e sociais. Contempla os “3Ds”:
Diversão (Dançar, ler, sair, jogar...)
Descanso (Ver TV, usar o PC, ver filmes, dormir...)
Desenvolvimento pessoal e social (Ler, desenhar, fazer teatro...)

Quem pratica o lazer, tem certos interesses:
·         Físicos – ginástica, esportes;
·         Sociais – festas, jantares;
·         Intelectuais – biblioteca, aula de idiomas;
·         Artísticos – shows, dança, teatro, humor;
·         Manuais – artesanato, instrumentos musicais, gastronomia.

Assim, lazer é qualidade de vida. Quem não dedica tempo à qualidade de vida, vai usar esse tempo para tratar uma doença posteriormente. O ser humano precisa de divertimentos.

Significados das Práticas Corporais em cada Fase:
1.      Adolescência: Momento de crise, com freqüentes problemas com autoestima e personalidade. Existem diversas formas de ser jovem, de acordo com o meio social em que vivem e pelas trocas de experiências proporcionadas por esses espaços. Precisa se caracterizar o jovem de acordo com a relação que ele mantém com o mundo adulto e na distância que mantém com o mundo infantil. O tipo de atividade varia de acordo com o meio inserido.
2.      Vida adulta: Lazer e práticas corporais na vida adulta são um desafio, pois precisa se conciliar as obrigações (trabalho, família, religião) e o lazer, que acaba ficando em segundo, terceiro, último plano. É a fase em que mais se valoriza o lazer, exatamente por sentir a falta com a correria do dia a dia.
3.      Terceira idade: Estatuto do Idoso: assegura todos os direitos às pessoas com mais de 60 anos. Diz que “o idoso tem direito à educação, cultura, esporte, lazer, [...] que respeitem sua peculiar condição de idade”. Assim, as atividades de lazer os proporcionam autonomia, integração e participação efetiva no exercício da cidadania. Oportunizam momentos de prazer, socialização e descontração, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Aproveitam o tempo disponível, evitando o abandono e o preconceito, muitas vezes julgados como improdutivos.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Bimestral Sociologia - Até pg. 27


O que é Sociologia?
Ciência que estuda e explica o comportamento humano em sociedade. Busca esclarecer porque as pessoas se comportam da maneira como se comportam quando se relacionam. Estuda o comportamento que se desenvolve em interação e por isso é chamada de ciência das relações sociais. As causas do comportamento humano são sempre complexas e nunca são únicas, por isso existem várias escolas sociológicas. É, para Peter Berger, uma ciência desmitificadora. Para ele, não haveria nada de natural no comportamento humano quando estes se relacionam entre si. A Sociologia mostra que tais comportamentos são criados e transformados (ou não) pelos homens. Todo tipo de atividade humana em sociedade pode ser transformado em uma especialidade da Sociologia. O mundo social é construído coletivamente, socialmente.
Existem duas formas de explicar o comportamento humano:
-Objetivista/Estruturalista: Se preocupa com o modo pelo qual a estrutura social influencia, limita, determina, estimula ou impede o comportamento. A sociedade, assim como para Émile Durkheim, é um conjunto de fatos sociais, de instituições que, uma vez constituídas, condicionam as condutas, idéias e práticas das pessoas.
-Subjetivista: É a maneira pela qual a Sociologia aborda os comportamentos humanos. É chamada assim porque a ênfase recais no sujeito e na forma pela qual ele vê o mundo. O mundo social, assim como para Alfred Schutz, é compreendido e explicado a partir das idéias, noções e formas de perceber o mundo social.

O que é Política?
Esfera da sociedade em que os diversos grupos e/ou seus representantes autorizados lutam entre si para interferir nas decisões produzidas pelas autoridades, influenciando a distribuição de quaisquer recursos sociais ao mesmo tempo valorizado e escasso. É marcada por uma disputa permanente entre grupos sociais, incluindo as autoridades administrativas. A finalidade dessa disputa é fazer com que seus interesses sejam contemplados pelas decisões políticas. Política é conflito em torno de interesses. Este, pode variar de intensidade, na quantidade de indivíduos envolvidos, e inclusive pode ser desde uma luta aberta (revoluções) a uma batalha regulada por leis (disputas eleitorais). Política é a forma pela qual se pode negociar e resolver conflitos organizadamente. É uma luta permanente entre grupos sociais diversos para fazerem com que seus interesses e/ou ponto de vista sejam contemplados pelas decisões políticas. Para Harold Lasswell, o estudo da política consiste em saber quem consegue o quê, quando e como. A política é uma esfera essencialmente marcada pelo poder, este que, segundo Max Weber, é a capacidade que um indivíduo tem de impor sua vontade a outros grupos/indivíduos em uma relação social.
Pode-se fazer política ativamente (militando por uma causa) ou passivamente (votando a cada quatro anos). Pode-se fazer política de maneira coletiva (engajando-se em uma organização) ou de maneira individual (assinando uma petição de protesto). Até quando os indivíduos não possuem o interesse por política, eles fazem política pois deixam que os outros a façam em seus lugares definindo os rumos da sociedade.

O que é decisão política?
Quando uma decisão é patrocinada por autoridades legítimas, ainda que sob a influência de um grupo, ela se torna “obrigatória” e “inclusiva”, ou seja, todos os membros de uma comunidade política, mesmo os que não concordam, devem se submeter à ela, sendo obrigados a aceitá-la. Os prejudicados devem se mobilizar para reverter a situação. Caso consigam, a nova decisão também será obrigatória e inclusiva. Os grupos sociais não têm todos a mesma capacidade de organização pois possuem recursos de poder desiguais.

O que é comportamento político?
É toda a ação que busca influenciar as decisões políticas, estas que contribuem para manter ou redefinir a distribuição de bens sociais valorizados e escassos. Todos os grupos sociais e organizações que os representam se mobilizam para produzir decisões obrigatórias e inclusivas, assim fazendo política.

Alocação política: Ato de distribuir coisas valorizadas por pessoas ou grupos. Recursos públicos para investimentos econômicos, por exemplo. Assim, a alocação autoritária de bens e recursos socialmente valorizados obriga mesmo os membros de uma comunidade política democrática a aceitá-la.

O que é Sociologia política?
A Sociologia Política analisa e explica os fenômenos políticos a partir de seus diversos condicionantes sociais. Estuda as condições sociais da desigualdade política, procurando explicar por que alguns grupos tem mais poder que outros. Sua principal questão se pergunta o que garante que um grupo social consiga fazer com que seus interesses prevaleçam sobre os dos demais grupos. Assim, a Sociologia política se preocupa em identificar os recursos sociais de poder dos grupos que atuam na esfera política e como eles conferem uma maior vantagem competitiva. Tenta explicar o mondo político por intermédio de fatores principalmente sociais. Estuda como a distribuição desigual de recursos sociais afeta o funcionamento da vida política.

O CONCEITO DE PODER
Bertrand Russel diz que poder é o tema de estudo mais importante para a Ciência Social. A sociologia usa a linguagem das palavras para se exprimir. Ideologia: Conjunto de idéias que alguém possui sobre algo; um conjunto de convicções políticas.

O que é poder?
Um grupo exerce poder quando se mostra capaz de, na concorrência, na disputa ou conflito com outros grupos, fazer com que seus interesses/concepções sejam prioritariamente contemplados pelas decisões políticas.
Diferença entre poder e dominação, segundo Max Weber:
-Poder: probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. Esse conceito pode ser aplicado a várias situações em que um homem é capaz de impor sua vontade a outro. Nesse caso, a motivação interna do subjugado é o medo.
-Dominação: um caso especial de poder. Um estado de coisas pelo qual uma vontade manifesta do dominador influi sobre os atos de outros, de modo que, num grau socialmente relevante, estes atos ocorram como se tivessem adotado por si mesmo a vontade do dominador. Se aplica a casos mais específicos, no qual há o predomínio da vontade de um sobre o outro, em uma relação de mando e “obediência”. Nesse caso, a vontade do dominador predomina porque o dominado toma o conteúdo da ordem como uma máxima que, por dever, deve orientar sua conduta. É como se a vontade do dominador se transformasse na vontade do dominado.

O poder como probabilidade
Fundamento (para Weber): Recursos de poder. Todo poder exige recursos para ser exercido. Deve ter algo a mais em relação aos outros. Esse algo a mais depende da situação social. No poder econômico, recursos econômicos (capital); no poder político, em última instância, a força física; no poder científico, conhecimento. Assim, o fundamento só viabiliza o exercício do poder e, por isso, é considerado uma probabilidade. O recurso é uma “base provável” para o seu exercício. Quem controla um recurso tem a probabilidade de exercer poder sobre outras pessoas se quiser. Assim, Weber evita a falácia dos recursos, na qual se confunde a quantidade de recursos controlados com a quantidade de poder exercido. Uma falácia é um raciocínio falso que parece verdadeiro. Assim, os recursos são uma condição necessária, mas não são suficientes. Eles estão a serviço do poder só quando mobilizados, postos em prática pelo seu detentor em uma relação social objetivando a imposição da sua vontade.

O poder como relação social e imposição de vontade
Para que os fundamentos deixem de ser uma base provável, é preciso a mobilização de tais recursos no interior de uma relação social. Portanto, para Weber, poder possui uma definição relacional. Dessa forma, o poder não é uma coisa que se possua, mas sim, uma relação social. Só dentro de uma relação social é que os recursos são o fundamento do poder. Assim, o poder é sempre uma forma de se afetar o comportamento do outro da maneira que deseja. Para Bertrand Russel, o poder é a capacidade de produzir efeitos pretendidos.
Se for reduzir o poder a uma maneira de obter do outro o que deseja, não poderia ser diferenciado de formas de interação como persuasão, manipulação, influência ou dominação. Assim, no poder há a imposição, há a mobilização de recursos no interior de uma relação social para ameaçar a outra pessoa da privação de algo que ela valoriza, assim convencendo-a a fazer algo que, de outro modo, ela não faria.
Alguns desses recursos: Violência física, perda de um emprego, constrangimentos psicológicos, humilhação pública, perda de apoio político, etc. O medo, conjugado a racionalidade humana garante a obediência ao pacto social.

O poder como resistência e conflitoO poder é uma relação de conflito. Existe diferença entre conflito e resistência, porque o conflito é uma relação de imposição de vontade. Nem toda relação de conflito implica no exercício de resistência pelo que se submete. É o caso da regra das reações antecipadas, na qual, pela experiência, se sabe das conseqüências negativas que sofreria caso desobedecesse. Assim, não há resistência, mas a relação ainda é de conflito. Resume-se por poder:
-Relação social de conflito em que há a oposição de preferências
-Consegue-se nessa relação com que um faça a vontade do outro
-Um consegue impor a vontade ao outro usando-se de recursos socialmente escassos que permitem a ameaça ou a imposição.
-Desde que os custos dessa ameaça não se aproximem ou superem os benefícios obtidos, se obtém a submissão.

Poder Político
Toda relação de poder é marcada por conflito e imposição da vontade de um sobre outros. Um grupo exerce poder político quando é capaz de tomar decisões políticas e garantir que estas sejam obrigatórias e inclusivas. Assim, o recurso específico do poder político é o uso de violência física. Esse recurso específico é controlado exclusivamente pelos detentores do poder político, não sendo o único recurso. Também pode-se convencer por meio da persuasão ou negociação. A força é o último recurso. Nas sociedades contemporâneas, a instituição que concentra essa capacidade de usar a força para impor suas decisões a todos os membros da comunidade política é o Estado. Assim é explicado o por que de diversos grupos sociais usarem os mais diversos recursos para interferir em decisões estatais ou para controlar diretamente o aparelho de Estado. Bem-sucedidos, tais grupos conseguirão fazer com que seus interesses sejam contemplados, podendo ipor seus interesses aos grupos que possuem recursos sociais estratégicos capazes de influenciar os decisores políticos que dominam a violência física do Estado. A violência não significa “repressão”, mas esta pode ser empregada nos limites. É, antes, os instrumentos e mecanismos por meio dos quais o Estado faz valer seu poder para coagir e constranger os indivíduos a cumprirem as leis. Um grupo controla recursos econômicos importantes e detém o poder político só quando consegue usar seus recursos para produzir decisões políticas obrigatórias e
inclusivas.


Vários recursos sociais usados por grupos e indivíduos que vivem em sociedade influenciam decisões políticas. Quando um grupo controla recursos importantes, tende a ter mais poder, a ter seus interesses preferidos. Estes estão, portanto, propensos a obterem mais recursos. Assim, isso forma um ciclo vicioso que aprofunda ainda mais a desigualdade. Portanto, a riqueza, o prestígio e o poder são cumulativos.


Por mais que se pregue que a economia não deve sofrer influências de interesses políticos, que a relação entre economia e política não deve se misturar e que isso faz parte de um senso comum, essa separação muitas vezes não ocorre. 


Do ponto de vista político, o controle de recursos econômicos dá vantagens a certos grupos. A diferença de condições e meios de vida, então, produzem uma desigualdade política fundamental, na qual, quem possui menos escolaridade, possui menos acesso a instrumentos lógicos, conceituais, culturais para entender o que se passa na política.


Do ponto de vista econômico, algumas esferas da economia conseguem interferir nas decisões políticas dos grupos de acordo com a quantidade de recursos econômicos mobilizados, fazendo com que se elejam políticos e parlamentares que representem e defendam seus interesses.
Assim, demissões em massa não seriam ações políticas no sentido estrito. Suspendendo os investimentos numa situação, pode-se criar desvantagens políticas. Essa reação econômica dá o controle político à empresários.
Nota-se, portanto, que a distribuição desigual de recursos econômicos é uma das bases da desigualdade política.


Qualquer que seja o recurso ou estratégia usado por um grupo social, ele precisa se organizar para influenciar as decisões políticas, se não, sem ir ã luta, sem se constituir num coletivo, estes grupos nunca terão seus interesses e valores em primeiro plano.
Grupo social: Número de pessoas com interesses comuns. Uma organização representa uma ação coordenada para atender aos interesses dos membros desse grupo, produzindo benefícios coletivos - apropriados por todos os membros do grupo.


Em grandes grupos, nos quais muitas pessoas nem se conhecem, os indivíduos tentem a agir por uma racionalidade estratégica, maximizando os seus próprios interesses. Nesses casos, se haverá uma greve, na qual trabalharão por um interesse coletivo, fica mais cômodo não cooperar e receber o benefício produzido, com a segurança de que não vai sofrer com isso. Além disso, se todos cooperarem, a participação de um é considerada insignificante, o mesmo acontece se ninguém cooperar e ele resolver agir sozinho. Assim, sempre, não cooperar é o mais vantajoso pra cada um.
Em grupos pequenos, isso muda. A abstenção num grupo pequeno é sempre mais dramática, produzindo impactos negativos, seja pela pressão ou pelos contrangimentos que o grupo impõe a quem não quer cooperar. O incentivo entre si é muito maior e isso faz com que esses grupos tenham mais facilidade para se organizar e defender seus interesses na vida política do que os grupos grandes = minorias com mais poder político que maiorias.


A importância da informação

Na vida política e democrática, os grupos que possuem mais e melhores informações ganham vantagens sobre os outros na busca de ganhos políticos. Sem informações, se age de forma equivocada, fazendo com que os adversários se aproveitem disso para obter vantagens. Um eleitor que confie demais em uma única fonte de informação não tem a oportunidade de comparar e pode sofrer manipulação por essa fonte. A desigualdade de informação tem várias origens, entre elas, a econômica, já que os carentes economicamente tem dificuldades para acessar e processar informações. A própria organização das empresas de jornalismo e televisão podem comprometer o acesso à informações mais plurais, já que filtram de acordo com seus interesses.

Uma pessoa pode estar muito bem atualizada, com muita informaçãopolítica conjuntural, mas não adiantará de nada se ela não conseguir interpretá-la, ou seja, se ela não ter conhecimento contextual. Este revela o funcionamento da luta política. O custo para essas informações, infelizmente, é alto e precisa de tempo. Por isso, não são aquiridas igualmente por todos.


Fundamentos culturais do poder político

O interesse por política é socialmente produzido. A curiosidade dos brasileiros por política e a relação com o sistema democrático estão ligadas ao grau de escolaridade e à situação social. Portanto, não é uma decisão totalmente pessoal gostar ou não. Os recursos econômicos e educacionais afetam isso, causando uma má distribuição no interesse por política. Alguns grupos sociais tendem a participar mais do que outros, e essa minoria participativa acaba por obter ainda mais vantagens, aumentando ainda mais o interesse político.


Democracia Contemporânea:
-Representativa: Escolha das lideranças pelo voto.
-Os que tem mais votos, assumem o governo
-Escolhidos os representantes, estes tem poder para governar e impor as suas decisões até que sejam substituídos nas prox. eleições.
-Eleições devem ser competitivas com vários grupos participando e sem fraudes
-Concedido o mesmo peso político a cada eleitor, pressupondo igualdade política.
É um procedimento político para a escolha de lideranças políticas.


Igualdade Política e Desigualdade Social
O caráter universal e igualitário do voto não impede que instituições de democracia sejam marcadas por desigualdades. Ex:
-Só uma minoria controla o leque de opções de candidatos a serem ofertados
-Os que tem mais recursos, terão maior visibilidade
-O voto de um empresário rico vale mais porque esse será mais ouvido do que um cidadão comum.
-A irresponsabilidade política de polícos profissionais que raramente prestam conta aos seus eleitores, principalmente os ˜comuns˜.
-O eleitor sem recursos terá menor capacidade de tomar a melhor decisão de acordo com seus interesses
-Nem todos os eleitores tem o mesmo interesse, sendo os que não se importam levados em menor consideração pelos políticos.
A politica não se encerra no ato de votar, no processo eleitoral. Entre as eleições, grupos sociais ativam seus recursos para tentar influenciar decisões políticas. A democracia, sistema amplamente marcdo por desigualdades, concede o poder princ. para grupos minoritários. Precisa-se democratizar as estruturas e a sociedade.


A igualdade jurídica e política são fundamentais, mas não suficientes, pois operam num contexto em que podem ser mais ou menos efetivas. Uma excessiva desigualdade econômica pode transformá-las em mera formalidade. A democracia pressupõe igualdade política e jurídica, mas precisa que os demais recursos não sejam privilégio de uma minoria.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Resumo de História


Pode até não ser um resumo, mas eu disponibilizo aqui os meus trabalhos de história reunidos nessa postagem. Espero que ajude... Bons estudos!!


A Era Vargas
As Eleições de 1930 e o Processo Revolucionário
Antes, São Paulo e Minas Gerais mantinham o predomínio político por meio da Política do Café com Leite ou, de acordo com o professor, Política do “Café com Café”, já que os dois estados produziam tal. Em 1930, foi o último mandato do presidente Washington Luís. Na nova eleição, o Partido Republicano Paulista e o presidente apoiaram a candidatura de Júlio Prestes e não um mineiro, conforme o acordo estabelecido pela Política do Café com Leite. Isso gerou divergências e houve a formação da Aliança Liberal, na qual políticos de oligarquias contrárias e jovens oficiais descontentes com a República Oligárquica se uniram e lançaram Getúlio Vargas como candidato à presidência. Júlio Prestes venceu, e a Aliança Liberal alegou fraude na eleição. João Pessoa, candidato à vice pelo partido de Getúlio, foi assassinado e isso causou um agravamento da situação. Posterior a isso, a Aliança Liberal comandou uma movimentação armada para depor Washington Luís, obtendo sucesso em 1930, na conhecida “Revolução” de 30 (esta foi mais um golpe do que uma revolução). Isso gerou o fim da República do Café com Leite.
As Fases do Governo de Vargas
Vargas era conhecido como pai dos pobres e mãe dos ricos. Iniciou no poder por meio de um governo “provisório”. Seu governo se divide em 3 períodos: Governo Provisório (30 até 34), Governo Constitucional (34 até 37) e o Estado Novo (37 até 45).
Governo Provisório
A brevidade desse governo foi usada para a entrada no poder. A quebra da Bolsa de Valores de 1929 causou uma recessão mundial, e o café passou a ser vendido com o preço muito baixo. Antes da crise, 73% das safras eram compradas pelos Estados Unidos. Houve, então, a criação do Conselho Nacional do Café, que se responsabilizou pela compra de toda a produção excedente e queima para aumentar o preço da saca. Nessa época, houve o estímulo a policultura e a industrialização. O congresso foi fechado, assim como parlamentos e assembléias estaduais, governantes estaduais foram retirados, sendo outros indicados para tal posto. Por pressão operária e, para deixá-los sob controle assim com os sindicatos, houve a criação do Ministério do Trabalho. Em 1932, Vargas ainda não havia cumprido ainda a promessa de convocar eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, causando Revolução Constitucionalista. Houve divulgação por meio da imprensa, atraindo até a população para lutar contra o Governo Provisório, na busca de mais autonomia. Foi criada, então, a Constituição de 1934.
Constituição de 1934
Essa constituição estabeleceu:
Ø  Direito ao voto feminino;
Ø  Estabelecimento da jornada de 8 horas de trabalho, direito ao salário mínimo, férias remuneradas;
Ø  Criação da Justiça do Trabalho;
Ø  Instituição do pluralismo sindical;
Ø  Instituição da nacionalização das reservas de minas e jazidas minerais, das quedas-d’água, das empresas de seguros e dos bancos de depósito.
Ø  Oficialização do casamento religioso (para ser correto diante das leis de Deus e do Estado).

Governo Constitucional
Reeleito indiretamente pelo congresso, Getúlio Vargas fixou as leis trabalhistas. Haviam duas tendências políticas predominantes, que disputavam entre si: Ação Integralista Brasileira (AIB) e Aliança Nacional Libertadora (ANL). Houve a criação do programa Voz do Brasil, que se constitui em um direito para o povo, e a criação da Lei de Segurança Nacional (para o controle dos subversivos).
AIB
Movimento político de extrema direita, com inspiração fascista, com Plínio Salgado como líder principal. Caracterizado pelo forte nacionalismo, antiliberalismo e anticomunismo. Defendia o fortalecimento do poder do Estado e uma sociedade hierarquizada. Seu símbolo era: å e significava a soma de todas as partes. Usavam a expressão Anauê!, que significa “Você é meu irmão” em tupi. A Ação Integralista Brasileira apoiou Getúlio e buscava cargos no governo. Não almejados, começaram a se opor.

ANL
Movimento político ligado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) com orientação socialista. Almejavam a estatização de empresas, a reforma agrária, a suspensão do pagamento da dívida externa, entre outras coisas. Tinham como lema as palavras “Pão, Terra e Liberdade”. A Aliança Nacional Libertadora atraiu vários militantes. Foi fechada por Vargas por apresentar-se como uma ameaça. Mas, como resposta, o PCB organizou a Intentona Comunista, movimento que serviu de pretexto para várias medidas autoritárias por parte do governo (aprovação de um estado de sítio e a perseguição violenta de partidários da ANL e do PCB). Houve a prisão de Luiz Carlos Prestes.

Governo Ditatorial (Estado Novo)
Em 1936, houve uma movimentação, um debate em torno da sucessão presidencial. Os candidatos foram lançados:
-Armando de Salles Oliveira (Partido Constitucionalista)
-Plínio Salgado (Ação Integralista Nacional)
-José Américo de Almeida (candidato oficial)
Para desestabilizar o processo eleitoral, Vargas e militares organizaram medidas repressivas e estratégias políticas, tais como o decreto do Estado de Guerra (“combate ao comunismo”). Houveram violentas perseguições e repressões aos opostos para Vargas continuar no poder. O Golpe de 37, que foi usado para instituir o Estado Novo, se baseou em um documento que supostamente continha a organização de um atentado comunista. Então, foi criada uma nova constituição: “a polaca” (parecida com a da Polônia). Esta instituiu a pena de morte, eleições indiretas, demissão de funcionários opostos e foi excluído o direito de greve. O Estado Novo se caracterizou por ser um governo autoritário, centralizador, com tendência totalitária. Para divulgar uma imagem enaltecida de Getúlio, houve a criação do Departamento de Imprensa de Propaganda (DIP). Além disso, o rádio foi usado como meio de comunicação de massa divulgando a política varguista e difundindo novos padrões artísticos e culturais. Vargas uniformizou o ensino, instalando a moral dele na sociedade. Buscava a criação de um espírito cívico entre as massas, incentivando artistas que enalteciam o Brasil, a criação de passeatas, desfiles cívicos, etc. Com a entrada ao lado das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial e sua vitória representou o fim do nazifacismo, ameaçando a ditadura de Getúlio Vargas, fazendo-o renunciar em 1945.

 Segunda Guerra Mundial – Origem
         Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
    Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região.
Com o tratado de Versalhes  a Alemanha sofreu, como conseqüência, um período inflacionário que levou a população a acumular sacos de dinheiro para comprar um mísero pão. Ascendia, neste país, um Estado totalitário. Adolf Hitler, ex-combatente austríaco, conseguiu transformar a sensação de humilhação sofrida pela Alemanha em desejo de revanche e fez disso uma justificativa para a expansão territorial. Então, desobedecendo a cláusulas do Tratado de Versalhes, a Alemanha iniciou tal processo de expansão querendo recuperar os territórios perdidos para os países vitoriosos em 1918. Para a formação do III Reich (Império) alemão, Hitler anexou a Renânia, a Áustria, a Região dos Sudetos (alegando uma maioria alemã na região), a Boêmia e a Morávia. A Inglaterra e a França haviam concedido aos alemães a ocupação da Região dos Sudetos na conferência de Munique. Entretanto, ingleses e franceses asseguraram a proteção e a não invasão alemã de outros territórios no leste europeu (Polônia), ou seja, a Alemanha comprometia-se a não empreender uma nova expansão territorial sem o conhecimento franco-inglês.
     Hitler também procurava firmar acordos vantajosos quando o conflito armado começasse, tais como:
 -1937: Alemanha, Itália e Japão firmaram um pacto de colaboração que deu origem ao Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Estes três tinham objetivos expansionistas.
-1939: Alemanha assinou com a União Soviética um “tratado de não agressão” que garantiu a neutralidade da União Soviética em um futuro conflito que envolvesse França, Inglaterra e Alemanha. Como pagamento, a União Soviética receberia uma parte do território polonês quando fosse invadido pela Alemanha.
     Hitler também se usou da Guerra Civil Espanhola para testar os seus armamentos, fornecendo aviões, pilotos e munição para os nacionalistas espanhóis vencerem a Frente Popular. Essa guerra dizimou milhões de pessoas. Mussolini, assim como Hitler, também apoiava o golpe do general Franco.
     Na década de 1930, o Japão se despontava no continente asiático como uma grande potência imperialista, o país incorporou alguns territórios, principalmente a região da Manchúria, na China. Essa expansão territorial rapidamente levou o país a entrar em conflito com a União Soviética e alguns outros países imperialistas do ocidente. Foi a partir desse momento que o Japão iniciou uma aliança com a Alemanha e Itália.
     Em 1931, a Itália invadiu a região da Abissínia (Etiópia). A principal política destes três países era o duro combate ao comunismo internacional que desencadeou o acordo chamado pacto anti-Komintern e a expansão territorial.
     A chamada Liga das Nações, órgão internacional que prezava a paz mundial, nada fazia para barrar a expansão territorial alemã, italiana e japonesa.


 Características dos Governos Totalitários de Direita
1.   Totalitarismo: Poder do Estado sob a política. Benito Mussolini dizia que nada deveria existir contra o Estado.
2.   Nacionalismo: Exaltação dos valores da pátria.
3.   Autoritarismo: Autoridade do líder é incontestável.
4.   Militarismo: Sistema político, em que predominam elementos militares.
5.   Anticomunismo: Preocupação com a Revolução Russa, já que ameaçava o capitalismo.
6.   Culto à violência: A guerra era considerada a atividade mais nobre do homem.



Conflito Armado
       Com as alianças formadas, os territórios próximos a Alemanha anexados e com armamentos testados, Hitler invadiu a Polônia em 1939, dando início ao conflito. Em resposta, França e Inglaterra se uniram formando o Bloco dos Aliados e declarando guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Depois de invadir a Polônia, Hitler começou a usar uma tática chamada de blitzkrieg.
 Blitzkrieg
      Tática de ataques rápidos que surpreendiam os inimigos e praticamente impediam qualquer defesa. É chamada de guerra relâmpago. Acontecia da seguinte forma:
1. Ataques aéreos destruíam pontos importantes do país a ser ocupado.
2. Blindados completavam a destruição.
3. A infantaria entrava em ação para tomar uma terra arrasada, o que poupava a vida de muitos soldados nazistas e a utilização de armas de pequeno porte (munição mais cara).


 Fases do Conflito
     Nos primeiros anos do confronto, a Alemanha esteve à frente, conquistando Dinamarca, Noruega, Holanda e Bélgica. As tropas alemãs também marcharam sobre a França. Em 1941, a Alemanha conquistou a Iugoslávia e a Grécia, obtendo o apoio de governos colaboracionistas (diversos tipos de cooperação com os exércitos do Reich, desenvolvidos em diferentes momentos por governos de países europeus) na Hungria, Romênia e Bulgária, querendo se aproximar da União Soviética. Enquanto tropas alemãs avançavam pela Europa, Itália e Inglaterra buscavam o controle sob o Norte da África, e o Japão continuava seu projeto expansionista.



1ª Fase
      De 1939 a 1941, aconteceu a primeira fase, marcada pelo avanço do Eixo sobre territórios da Europa (por tropas alemãs); norte da África (por tropas italianas) e territórios asiáticos (por tropas japonesas).
2ª Fase
      De 1941 a 1943, aconteceu a segunda fase da guerra, na qual ocorreu um equilíbrio entre os países do Eixo e dos Aliados, com a entrada dos EUA e da União Soviética ao lado dos Aliados. A União Soviética entrou na guerra a partir do momento em que Hitler rompeu com o pacto germano-soviético; os Estados Unidos já promoviam acordos de solidariedade com a Inglaterra, na chamada Carta do Atlântico.
3ª Fase
      De 1943 a 1945 ocorreu a terceira fase. Essa é caracterizada pela derrota do Eixo e a vitória dos Países Aliados.

1941
      Ano em que o panorama geral do conflito começou a mudar. A participação das potências Estados Unidos e União Soviética na Guerra alteraram as relações de poder entre os blocos do Eixo e Aliados. Os Estados Unidos entraram no conflito após um ataque japonês à base naval estadunidense de Pearl Harbor, o que foi considerado um ato de traição. Em junho deste mesmo ano, começou a ser praticada a estratégia de guerra chamada Operação Barbarrosa, que consistiu no avanço das tropas alemãs sobre a União Soviética quebrando o Tratado de Não Agressão. A invasão já era esperada, portanto, os soviéticos já estavam preparados. O objetivo dessa invasão era dominar a Região do Cáucaso para se apropriar de campos petrolíferos.

Cerco a Leningrado
Em 1941, por aproximadamente 900 dias, os alemães cercaram a cidade de Leningrado (Rússia), impedindo o acesso a alimentos e energia a seus habitantes. Um milhão de russos morreu por ataques aéreos, fome, desnutrição ou frio. Mesmo assim, a população resistiu até o rompimento do cerco no inverno de 1944.

Fim da Guerra
       Após o êxito na invasão à Leningrado e no seu cercamento, a conquista do território soviético foi dificultada pela resistência das tropas russas, pela dificuldade de abastecimento e pela chegada do rigoroso inverno russo. Stalin, líder soviético, deu ordem para que as indústrias pesadas se transferissem para o leste dos Montes Urais, dificultando o abastecimento alemão.
    No norte da África, tropas britânicas derrotavam o Eixo – fim de 1942. Em 1943, tropas aliadas britânicas e estadunidenses invadiram o território da Silícia e chegaram à Península Itálica. Na Frente Oriental, os alemães sofriam as primeiras grandes baixas na Batalha de Stalingrado: 100 mil soldados mortos e 90 mil capturados. Então, as tropas russas passaram a cercar as alemãs obrigando-as a recuar. Em janeiro de 1943, o que sobrou do exército alemão se rendeu às portas de Stalingrado.
       Houve, ainda, a vitória dos Estados Unidos sobre a marinha japonesa em 1942, na Batalha de Midway. A partir de 1943, os aliados desenvolveram ataques aéreos sob cidades alemãs para quebrar a resistência nazista. Ao mesmo tempo, espiões aliados alertavam para o desenvolvimento do projeto atômico alemão. Caso Hitler desenvolvesse a bomba atômica, o conflito ganho para o Eixo.
        Franklin Roosevelt, Winston Churchill e Josef Stalin, representantes dos Aliados, reuniram-se em Teerã para determinar as estratégias de ataque contra a Alemanha e também os territórios que caberiam a cada um. Em 1944, forças aliadas desembarcaram na Normandia para desalojar os alemães protegidos em bunkers e casamatas, tomando a praia. Na Europa Oriental, tropas russas avançavam em direção à Alemanha. Após a libertação de Paris, bombardeios britânicos e estadunidenses se intensificaram, matando milhões de pessoas. Em 1945, tropas soviéticas entraram em Berlim. Com o suicídio de Hitler, a rendição alemã foi assinada em 7 de maio de 1945. Já o líder fascista Mussolini e sua esposa foram fuzilados pela resistência italiana e seus corpos foram expostos em praça pública na cidade de Milão.



A Guerra no Pacífico
       O conflito havia terminado na Europa, mas continuou até agosto de 1945 no Pacífico. A resistência obstinada dos japoneses causou perdas para os estadunidenses. A rendição japonesa foi apressada pela detonação de duas bombas atômicas pelo governo estadunidense. A justificativa era de que os estadunidenses levariam cerca de três anos para invadir as ilhas japonesas e um milhão de homens morreria na ação. Sendo assim, a bomba atômica serviu de “atalho”. A primeira bomba foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, e a segunda, em Nagasaki. Isso ocasionou a morte de milhares de pessoas e mostrou a força dos Estados Unidos sobre o mundo. Uma curiosidade é que uma dessas bombas iria ser lançada sobre Tóquio. Mas, por ser uma cidade religiosa, isso afetaria não somente aquele povo, aquela era. Assim, iriam lançar sobre Hiroshima caso o tempo estivesse aberto naquele dia. E, infelizmente, estava.
     Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações.


O Holocausto
      Quando as tropas aliadas começaram a desembarcar nos territórios invadidos pela Alemanha  nazista, depararam-se com milhares de pessoas vivendo em condições miseráveis à espera do extermínio em campos especialmente projetados para isso. Eram judeus, ciganos, homossexuais, prisioneiros de guerra, opositores políticos vivendo em campos de concentração criados para colocar em prática a solução final. Se costuma falar mais sobre o holocausto judeu, por ter envolvido a religião também. Este levaria ao genocídio de cerca de seis milhões de pessoas desta religião nos campos de concentração. Outras pessoas que morreram em tais campos, consideradas indesejáveis, eram membros etnia cigana, eslavos, homossexuais, portadores de deficiência, Testemunhas de Jeová e dissidentes políticos. Milhares de pessoas eram usadas como cobaias em diversas experiências, o que acarretou a propagação de doenças como tifo e tuberculose.
A Solução Final
A última etapa de uma política antissemita que vinha sendo implantada desde 1933 pelo governo de Hitler. Inicialmente, os judeus foram discriminados e excluídos da vida pública. Depois foram vítimas se isolamento e degradação, perdendo suas condições de cidadãos. Posteriormente, o Estado nazista promoveu a expropriação dos bens e o confinamento dos judeus em guetos. A solução final estaria completa com o confinamento em campos de concentração para a realização de trabalhos forçados e o seu extermínio em massa.
Brasil
A justificativa para o Brasil entrar ao lado dos aliados, foi o torpedeamento de navios mercantes brasileiros que rumavam à Europa, por submarinos alemães (havia uma teoria de que quem realmente havia afundado eram os norte-americanos, para colocá-los sob pressão para entrarem na guerra). Getúlio Vargas estava negociando com os países do Eixo e Aliados a participação brasileira no conflito. As tendências político-ideológicas de Vargas faziam-no crer que a entrada do país na guerra deveria ocorrer ao lado dos países do Eixo, mas os EUA se comprometeram a fornecer subsídios ao Brasil para construir uma companhia siderúrgica. O Brasil era desejado pelos dos blocos por ser o Celeiro Mundial, país que mais produzia alimentos no mundo e tinha grande quantia de minérios. O Brasil enviou para a Itália os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistaram várias cidades da face oeste italiana, chegando até a região montanhosa, ao norte desse território. Inicialmente, o Brasil deveria mandar 200 mil soldados para a guerra em 90 dias. Acabou por mandar somente 25 mil. Muitos soldados pertenciam ao meio rural e, por esse motivo, o exército brasileiro era considerado defasado. Os países do Eixo costumavam dizer que seria mais fácil a cobra fumar do que o Brasil ganhar a guerra. Então, o símbolo brasileiro possui ilustrada uma cobra fumando. Muitos dos soldados brasileiros estavam passando por muito frio, já que estavam acostumados com o calor de seu país de origem. E pior: Certos soldados não possuíam nem uniforme. Estes possuíam uma qualidade tão inferior que os coturnos já começaram a falhar nas primeiras semanas. Para agravar ainda mais a situação, o tal uniforme era parecido com o dos alemães. Assim, eram atingidos pelos Aliados (pensando serem alemães) e pelo Eixo (achando serem soldados desertados).

  
Depois da Segunda Guerra
Houve o acirramento entre o capitalismo estadunidense e o socialismo soviético, gerando um clima de tensão militar que dividiu o mundo em dois blocos: o bloco capitalista, liderado pelos EUA, e o bloco socialista, aliado à União Soviética.
Guerra Fria
As disputas ideológicas, econômicas e militares entre EUA e União Soviética causaram um clima de tensão mundial, acirrado pela ameaça de uma guerra nuclear e pelo envolvimento dessas potências em conflitos ocorridos em outros países. Não houve uma declaração de guerra formal, mas a paz mundial foi muito ameaçada. Ou seja, foi chamada de “fria” porque não houve um combate direto, uma guerra direta entre os dois países. Foi um conflito só de ordem política, tecnológica, social, econômica e ideológica.

Tratados do Pós-Guerra
Os países aliados começaram a discutir sobre a nova situação mundial. Inglaterra e EUA abriram mão de qualquer domínio territorial, defendendo a soberania das nações envolvidas. O início da bipolarização geopolítica característica da Guerra Fria se deu durante o processo de ocupação aliada da Alemanha nazista e se consolidou com a assinatura de tratados sobre o destino das regiões por ela ocupadas. Alguns dos tratados:
Conferência de Yalta
Em fevereiro de 1945, Stalin, Franklin Roosevelt e Winston Churchill se reuniram para definir as fronteiras da União Soviética no Leste Europeu, incorporando a ela os Estados Bálticos e criando uma faixa de segurança soviética na Europa. Foi decidida a eliminação do nazismo e a organização de governos provisórios até serem feitas novas eleições.
Conferência de São Francisco
Em abril de 1945, líderes dos EUA, União Soviética e Inglaterra se reuniram para definir a extinção da Liga das Nações e a criação de um organismo internacional – a ONU – para manter a paz mundial.
Conferência de Potsdam
Em setembro de 1945, os aliados se reuniram em Potsdam e tomaram a decisão de que a Alemanha seria dividida em quatro zonas de ocupação. Em 1949, nascia a zona de ocupação soviética: a República Democrática Alemã (RDA), ou Alemanha Oriental socialista e com capital em ¼ da cidade de Berlim. Na parte ocidental, as três zonas de ocupação originaram a República Federal da Alemanhã (RFA) ou Alemanha ocidental, com capital em Bonn.
Muro de Berlim
          Um muro feito de concreto e arame farpado foi construído à mando do governo da República Democrática Alemã (RDA, Alemanha Oriental). Começou a ser feito em 13 de agosto de 1961, estendendo um arame farpado de um poste a outro, por 37km. Ao fim, possuía 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 255 pistas de corrida para cães de guarda, etc. Era dado o direito de matar à patrulha. O muro de Berlim é um dos símbolos da Guerra Fria e manteve famílias e amigos separados por 28 anos.

Doutrina Truman
Quando Harry Truman virou presidente dos EUA, uma série de medidas foram tomadas para conter o socialismo.
Plano Marshall
Parte da Doutrina Truman. Foi criado por George Marshall e se constituía na concessão de empréstimos aos países destruídos pela guerra. Foi uma estratégia de injetar muito dinheiro nas economias de países destruídos pela guerra evitando que grupos de esquerda subissem ao poder e se aliassem ao socialismo. Percebendo isso, a URSS se ausentou das negociações com os EUA, sendo seguida por outros países do Leste Europeu. Estes adotaram governos simpatizantes com o socialismo soviético, formando a chamada “cortina de ferro” entre o Ocidente e o Oriente.

Bipolarização Mundial
Acordos político-militares de cooperação mútua foram estabelecidos no lado ocidental e oriental da Europa. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada do lado ocidental como uma estrutura político-militar de defesa mútua entre os países do Ocidente. Em resposta, o Bloco Soviético criou o Pacto de Varsóvia, organização militar de cooperação e defesa mútua vinculada ao socialismo soviético. Isso fez com que o clima ficasse ainda mais tenso. Em 1950, Joseph McCarthy moveu uma perseguição política aos partidos de esquerda e aos simpatizantes e militantes do socialismo. Esse episódio ficou conhecido como “a caça às bruxas” e ocorreu no período entre 1948 e 1953, um dos mais tensos da Guerra fria. Nessa época que a União Soviética anunciou que havia criado sua própria bomba atômica.
Aproximação estadunidense com a América Latina
Desde a época da Segunda Guerra Mundial, os laços entre os EUA e os países da América Latina vinham se estreitando e isso foi facilitado pela presença comercial e industrial e o investimento de capital pelos Estados Unidos nos países latino-americanos. O american way of life era muito divulgado e incentivado.

Cultura e Sociedade – Transformações
Entre os países do Ocidente, vinculados ao capitalismo, os anos de 1950 foram de grande prosperidade econômica, sendo comumente lembrados por “anos dourados”. Essa década foi caracterizada por uma grande expansão econômica e tecnológica, não somente nos países ricos capitalistas, mas também nos países ligados à União Soviética e em economias em desenvolvimento na América Latina e Ásia. As corridas armamentista e espacial que ocorreram estimulavam avanços tecnológicos em outras áreas.
Em países como a Alemanha Ocidental, França e EUA, foram criadas políticas sociais para motivas a formação de mão de obra especializada. Os governos temiam que as massas se sentissem atraídas pela proposta socialista.



Um pouco sobre cada país fascista
Itália
Líder fascista: Benito Mussolini
Camisas Negras: Força miliciana. Incorporaram as forças de repressão oficial.
Marcha sobre Roma: Manifestação em 1922 que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionado, a autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo, sendo considerado chefe (duce) em 1925.
Espanha
Líder: Francisco Franco
Franquismo: Atravessou décadas. Caracterizava-se pela repressão brutal contra adversários e praticou uma política econômica que tinha poder sobre si mesmo, fazendo com que o desenvolvimento do país parasse.
Bases franquistas: Definidas pelo Catolicismo e pelo Anticomunismo. Era apoiado pela Igreja Católica e pelo Exército.
A ascensão de franco foi na Eleição Espanhola (1931)
Japão
Acreditavam na origem divina do Imperador.
Fascismo Japonês: também é conhecido como Estatismo Showa.
“Fascismo”: Muitos acreditam que a palavra “Fascismo” seja inadequada para se referir ao que se encontrava no Japão. Prefere-se usar o termo “Ultranacionalismo”, uma ideologia de extrema direita extremamente conservadora, chegando à ser xenófoba e racista. O governo era feito por militares.

Em 1931, houve a invasão a Manchúria.

Alemanha
Hitler virou chanceler em 1933.
Em 1934, aconteceu a Noite dos Longos Punhais, uma chacina aos seus opositores.
Em 1938, houve a união com a Áustria (pangermanismo).
Holocausto: Eugenia, crença na purificação da raça alemã.

Brasil nos Anos de 1940 a 1950
O posicionamento do Brasil com os aliados contra o nazifascismo tornou a ditadura de Getúlio uma contradição. Diante da solicitação popular, Vargas começou a articular estratégias para sair da presidência, mas não da política. Quando a anistia foi cedida, muitos exilados retornaram ao Brasil e a população passou a exigir a realização de eleições presidenciais e para a Assembleia Constituinte. Antigas e novas organizações partidárias foram legalizadas, houve o apoio ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). As forças armadas mobilizaram mais de 170 mil simpatizantes à renúncia, obrigando Getúlio a deixar o governo em 1945. O PTB, de Getúlio, apoiou então Eurico Gaspar Dutra, que acabou se tornando o primeiro presidente a chegar no poder democraticamente. Vargas conseguiu se eleger senador.
A Contradição do Governo Dutra
Ao mesmo tempo que assegurava o voto universal e secreto para os maiores de 18 anos, excluía analfabetos, militares e religiosos do direito ao voto. A nova Constituição extinguia a censura, a pena de morte, restituía o direito de livre associação. Apesar disso, proibia associações trabalhistas não vinculadas ao Estado, movimentações populares, sindicatos, etc. Foi criado o Plano SALTE, que almejava a planificação da economia. No entanto, as atitudes repressivas representaram uma queda nos salários dos trabalhadores, fazendo o custo de vida aumentar. Aliado a isso, o Brasil se abriu à importações, o que acabou com as reservas cambiais brasileiras.
O Retorno de Vargas
Se elegeu na campanha de sucessão presidencial. Deveria governar por 5 anos. Em sua estratégia de governo, se caracterizava por:
·         Defender o desenvolvimento da industria nacional e a diminuição da dependência da economia brasileira do capital internacional.
·         Interessava-lhe aprimorar a legislação trabalhista e promover o desenvolvimento da industrialização nacional.
·          Defendia o monopólio estatal de setores como a indústria de base. Lançou a campanha “O petróleo é nosso”.
·         Queria o desenvolvimento industrial e a modernização da economia brasileira.
Nos primeiros anos, o custo de vida aumentou, mobilizando sindicatos a realização de greves. A oposição da UDN ao governo se intensificou quando nomeou João Goulart para o Ministério do Trabalho. Este conseguiu administrar algumas greves e tinha uma postura considerada socialista por trás da trabalhista A crise chegou auge quando Goulart apresentou a proposta de aumento em 100% para os trabalhadores que ganhavam o salário mínimo. Por causa da violenta reação, Jango teve de renunciar. No mesmo ano, 1954, um atentado à Carlos Lacerda (apenas se feriu) fez com que Getúlio fosse acusado e houvesse um manifesto à Nação objetivando a renúncia dele. Vargas se suicidou com um tiro no peito, fato que provocou revoltas em todo o país.
Juscelino Kubitschek
Após ser eleito, com João Goulart como vice, Juscelino buscava conciliar “desenvolvimento com ordem”, agradando os setores oposicionistas. Foi um governo estável e otimista, devido ao crescimento econômico e pela capacidade do governante de contornar o movimento sindical.

“50 anos em 5”
Objetivava fazer o Brasil crescer o equivalente a 50 anos de desenvolvimento em 5 de mandato. Para isso, criou o Programa de Metas e o Conselho de Desenvolvimento Econômico. Foi um governo “nacional-desenvolvimentista”, pois combinava investimentos do capital estrangeiro e da indústria privada nacional buscando o desenvolvimento do país. No fim de seu mandato, JK anunciava a chegada de uma grave crise econômica por ter gastado muito com incentivos à industrialização e com a construção de Brasília. Essa crise veio acompanhada da crise política e social. A inflação fez com que fosse necessário o empréstimo de 300 milhões do FMI, que foi concedido ameaçando a autonomia econômica brasileira. Mediante tudo isso, foi rompida a ligação com o FMI. Em meio a tudo isso, o mandato de JK terminou, se elegendo, então, Jânio Quadros.